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França compara situação energética atual com crise do petróleo de 1973

Muito dependente do gás russo, a Europa busca formas de reduzir sua dependência nos próximos meses após Rússia ameaçar um corte no fornecimento de gás - Stefan Sauer/picture aliança via Getty Images
Muito dependente do gás russo, a Europa busca formas de reduzir sua dependência nos próximos meses após Rússia ameaçar um corte no fornecimento de gás Imagem: Stefan Sauer/picture aliança via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

09/03/2022 06h56Atualizada em 09/03/2022 07h41

A conjuntura energética atual, marcada por um aumento de preços, é "comparável, em intensidade e em brutalidade, com a crise do petróleo de 1973" - afirmou o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, nesta quarta-feira (9).

O ministro descartou um plano de ajuda massivo, como o aplicado durante a crise da covid-19, uma vez que "apenas alimentaria o aumento de preços", declarou, antes de uma conferência sobre soberania energética.

"Seria como jogar gasolina no fogo", disse Le Maire.

"Em 1973, essa resposta provocou o choque inflacionário (...) obrigou os bancos centrais a aumentar massivamente os juros, o que acabou com o crescimento", justificou.

"Isso tem nome: estagflação, e é justamente o que não queremos reviver em 2022", acrescentou o ministro francês, referindo-se à situação de estagnação econômica com aumento da inflação.

A invasão russa da Ucrânia causou um aumento nos preços do petróleo e do gás no mundo. O primeiro está sendo negociado, atualmente, acima de US$ 120, perto de seu recorde, e o último está em níveis inéditos.

Muito dependente do gás russo, a Europa busca formas de reduzir sua dependência nos próximos meses, em um contexto de alta de preços e de embargo dos EUA ao lucrativo e fundamental setor de hidrocarbonetos russo.

Le Maire reiterou, assim, "a boa resposta" em nível europeu: aumentar as reservas de gás para o próximo inverno boreal (verão no Brasil), diversificar as fontes de abastecimento e proteger lares e empresas afetadas.