Otan teme operação secreta russa com armas químicas na Ucrânia
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, expressou, nesta terça-feira (15), sua preocupação sobre um eventual ataque químico de tropas russas infiltradas e destacou que a Aliança militar está "muito atenta" a esse risco.
"Nos preocupa que a Rússia possa organizar uma operação sob bandeira falsa que possivelmente inclua armas químicas", disse Stoltenberg em uma coletiva de imprensa às vésperas de uma reunião dos ministros da Defesa dos países membros da Organização.
Stoltenberg citou "afirmações absurdas" por parte da Rússia sobre a possibilidade de que a Ucrânia possua laboratórios de armas biológicas.
A Otan, destacou o mandatário, permanece "muito atenta" ao risco de uma operação encoberta e enfatizou que a Rússia teria "um alto preço a pagar" caso cometa "tal violação do direito internacional".
Entretanto, evitou especular sobre uma eventual resposta militar por parte da Otancaso isso ocorra.
A reunião de ministros, disse Stoltenberg, discutirá, nesta quarta, "medidas concretas para reforçar nossa segurança a longo prazo em todos os domínios" como forma de se adaptar ao inconstante cenário de ameaças que nasce da "guerra sem sentido" na Ucrânia.
"Isso poderá incluir substancialmente mais forças na parte oriental da Aliança com maior preparação e com mais equipamentos", além das forças reforçadas da Otan que já foram enviadas aos países que formam parte da Aliança e que são fronteiriços à Ucrânia", disse.
Uma cúpula da Otan programada, há algum tempo, em Madrid, no mês de junho, analisará as mudanças de longo prazo na Aliança.
"É importante distinguir sobre a resposta imediata, como as dezenas de milhares de tropas adicionais e o poder aéreo e naval, e em seguida, o ajuste ou a postura a mais longo prazo, que se discutirá em junho, enfatizou.
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