Países da UE anunciam ajuda a investigações do Tribunal Penal Internacional sobre Ucrânia
Três países da UE (União Europeia) anunciaram hoje a liberação de cerca de 2,5 milhões de euros (US$ 2,7 milhões de dólares) ao TPI (Tribunal Penal Internacional), em apoio às suas investigações sobre supostos crimes de guerra na Ucrânia.
Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Holanda e Suécia fizeram este anúncio após uma reunião com seus colegas europeus e com o procurador-geral do TPI, o britânico Karim Khan.
No início de março, Khan havia anunciado que seu escritório tinha iniciado "investigações ativas" sobre possíveis crimes de guerra na Ucrânia.
As atrocidades constatadas na cidade de Bucha, perto de Kiev, no início de abril, e um ataque com mísseis a uma estação de trem lotada na cidade de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, estimularam as medidas para ajudar nas investigações.
As investigações são lideradas pelo Ministério Público ucraniano com apoio de peritos forenses destacados de vários países da UE.
A UE anunciou na semana passada que forneceria 7,5 milhões de euros para capacitar os promotores ucranianos nas investigações de supostos crimes de guerra.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e seu colega holandês, Wopke Hoekstra, disseram nesta segunda-feira que seus governos doariam, cada um, um milhão de euros ao TPI para suas investigações.
Por sua vez, a chanceler sueca, Ann Linde, disse que Estocolmo autorizou a doação de cinco milhões de coroas (cerca de 485 mil euros, aproximadamente US$ 530 mil).
Hoekstra explicou que a opinião dos ministros das Relações Exteriores da Europa é que o TPI é a instituição mais bem posicionada para levar à Justiça os autores de supostos crimes de guerra na Ucrânia.
O governo ucraniano e alguns vizinhos da UE alegam que a Rússia é responsável por crimes de guerra, acusações que o governo de Moscou nega firmemente.
Altos dirigentes da UE têm sido mais prudentes, observando o devido processo, e afirmando que preferem esperar os resultados das investigações conduzidas pela promotoria ucraniana com a ajuda do TPI, do Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e de instituições europeias.
As perguntas sobre a responsabilidade em possíveis crimes de guerra se intensificaram na última sexta-feira, após um bombardeio contra uma estação de trens lotada de civis que tentavam fugir do leste da Ucrânia diante da ameaça de uma ofensiva russa. O ataque deixou 52 mortos.
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, também disse que sua equipe recebeu "testemunhos críveis de que as forças armadas russas usaram bombas de fragmentação em zonas povoadas".
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