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Corpo de promotor paraguaio assassinado na Colômbia é repatriado

Promotor de Justiça do Paraguai Marcelo Pecci responsável por investigações sobre o crime organizado foi assassinado com três tiros numa praia de Cartagena, na Colômbia - Reprodução
Promotor de Justiça do Paraguai Marcelo Pecci responsável por investigações sobre o crime organizado foi assassinado com três tiros numa praia de Cartagena, na Colômbia Imagem: Reprodução

13/05/2022 20h58

O caixão com o corpo do promotor paraguaio antimáfia Marcelo Pecci, assassinado a tiros durante sua lua-de-mel na Colômbia, foi repatriado nesta sexta-feira (13) em um voo com destino a Assunção.

Um encarregado da Secretaria de Desenvolvimento para Repatriados do Paraguai confirmou à AFP que os restos mortais de Pecci saíram às 17H53 de Brasília de Cartagena (norte), e chegarão na madrugada de sábado à capital paraguaia após uma escala no Panamá.

Jornalistas da AFP registraram o momento em que um caixão de madeira com o corpo de Pecci deixou a funerária com destino ao aeroporto saindo da cidade caribenha.

O promotor, de 45 anos, foi assassinado por dois pistoleiros, que se mobilizaram em uma moto aquática e chegaram a uma praia da ilha de Barú, perto de Cartagena. Pecchi estava hospedado em um hotel Decameron com a esposa, a jornalista Claudia Aguilera.

O jornalista Óscar Lovera, colega de Aguilera no Unicanal, deu detalhes do crime à W Radio nesta sexta-feira.

"Marcelo entrou um pouco na água pela última vez", saiu do mar, quando um homem se aproxima, "saca a arma que aparentemente estava escondida debaixo da camiseta" e "o ataca de lado", descreveu Lovera.

Depois de atirar nele, fugiu "cobrindo o fuga com tiros porque tinha gente que aparentemente queria pegá-los", acrescentou.

Segundo a verão do hotel, os agressores também atiraram em um guarda que saiu ileso.

O procurador-geral da Colômbia, Francisco Barbosa, assegurou que existe "uma hipótese muito avançada" segundo a qual o assassinato estaria relacionado com o "crime organizado trasnacional".

"Estas estruturas criminosas fazem o que tiverem que fazer para alcançar seus objetivos (...) São práticas que têm sido vistas também em outros países, como o México", relatou Barbosa em entrevista à revista Semana nesta sexta.

A polícia divulgou a imagem de um dos supostos agressores de Pecci em busca de informação que permita sua captura. Na foto vê-se um homem magro, de pele morena, sorridente, com um chapéu e óculos de sol.

Segundo Lovera, este foi o homem que atirou.

As autoridades oferecem uma recompensa equivalente a 488.000 dólares por informação que leve à captura dos assassinos.

Pecci era promotor especializado no crime organizado, narcotráfico, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Ele se casou em 30 de abril e sua esposa está grávida.