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Advogado inimigo de Trump é condenado a 4 anos de prisão por roubar ex-atriz pornô

Foto de arquivo mostra Michael Avenatti chegando a um tribunal em Manhattan, Nova York (EUA) - TIMOTHY A. CLARY / AFP
Foto de arquivo mostra Michael Avenatti chegando a um tribunal em Manhattan, Nova York (EUA) Imagem: TIMOTHY A. CLARY / AFP

02/06/2022 20h12

O advogado americano Michael Avenatti, inimigo declarado de Donald Trump, foi condenado nesta quinta-feira (2) a quatro anos de prisão por roubar 300 mil dólares de uma atriz pornô que revelou ter tido uma relação há mais de 15 anos com o ex-presidente.

O californiano de 51 anos havia sido condenado em julho do ano passado a dois anos e meio de prisão pela extorsão de fundos da empresa de material esportivo Nike. Segundo a procuradoria de Manhattan, as duas condenações serão combinadas.

"Os advogados devem ser leais e defender seus clientes. Longe disso, Michael Avenatti roubou a identidade e o dinheiro de sua cliente para encher os bolsos", criticou o procurador Damian Williams, citado em um comunicado em que denuncia "crimes desavergonhados e uma traição".

Esse caso se desenrolou entre fevereiro de 2018 e março de 2019, enquanto Trump ocupava a Casa Branca. Avenatti representava a ex-atriz pornô Stormy Daniels, que contou ter tido uma breve relação amorosa em 2006 com o magnata nova-iorquino.

Stephanie Clifford, seu nome de registro, denunciou à Justiça o 45º presidente dos Estados Unidos visando revogar um acordo de confidencialidade que lhe proibia de falar do caso.

Seu advogado, Avenatti, ganhou destaque na imprensa e nas redes sociais, tornando-se um nome querido pela esquerda como forte crítico do presidente republicano. Chegou-se a especular que ele tinha ambições à Casa Branca.

Porém, em março de 2019, o advogado foi acusado de fraude fiscal e de tentar extorquir a Nike. Ele acabou sendo declarado culpado em fevereiro de 2020 e condenado a 30 meses de prisão em julho de 2021.

Mas Avenatti tinha ainda pendente o caso de Stormy Daniels. Em fevereiro, o Tribunal Federal de Manhattan concluiu que ele havia enganado e roubado Clifford e seu editor, desviando de sua conta bancária 300 mil dólares dos 800 mil adiantados à ex-atriz por seu livro "Full Disclosure", sobre sua relação com Trump.

Metade do dinheiro - a outra metade foi devolvida depois - foi gasta pelo advogado com viagens, restaurantes e uma Ferrari.