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Turquia bombardeia campo de detenção na Síria com mais de 50 mil pessoas

Uma foto divulgada pelo canal oficial de telegrama da Organização Geral de Rádio e Televisão da Síria em 23 de novembro de 2022 mostra um incêndio em uma instalação de hidrocarbonetos não especificada, supostamente após um ataque aéreo turco nas proximidades de Tal Awdah, na província de Hasakah, no nordeste da Síria. - AFP PHOTO / HO / SYRIAN STATE TELEVISION
Uma foto divulgada pelo canal oficial de telegrama da Organização Geral de Rádio e Televisão da Síria em 23 de novembro de 2022 mostra um incêndio em uma instalação de hidrocarbonetos não especificada, supostamente após um ataque aéreo turco nas proximidades de Tal Awdah, na província de Hasakah, no nordeste da Síria. Imagem: AFP PHOTO / HO / SYRIAN STATE TELEVISION

23/11/2022 16h48Atualizada em 23/11/2022 17h30

A Turquia bombardeou, nesta quarta-feira (23), as forças curdas que controlam o campo de detenção de Al-Hol, no nordeste da Síria, onde estão mais de 50.000 pessoas, incluindo familiares de membros do grupo Estado Islâmico (EI), informaram fontes curdas e uma ONG.

"A aviação turca executou cinco bombardeios contra as forças de segurança interna curda (Assayesh) dentro do campo", disse à AFP Farhad Chami, um porta-voz das Forças Democráticas da Síria, dominadas por combatentes curdos.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede em Londres, informou, ao contrário, que os bombardeios tiveram como alvo posições curdas fora do campo, mas que "espalharam o caos" em seu interior.

O superlotado campo de Al Hol é administrado pelos curdos e abriga familiares de supostos jihadistas, mas também refugiados sírios e iraquianos.

Entre os detidos, há mais de 10.000 estrangeiros de cerca de 60 países.

O porta-voz das Forças Democráticas Sírias alertou que "algumas famílias do EI podem fugir do campo", aproveitando-se do caos.

Apesar dos apelos da administração curda, a maioria dos países ocidentais se recusa a repatriar seus cidadãos e só o faz a conta-gotas por medo de ações terroristas em seu território.

Nesta quarta-feira, a Turquia continuou atacando posições de combatentes curdos no norte da Síria e planeja lançar uma operação terrestre para "proteger" sua fronteira sul.