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Parlamento Europeu aprova ajuda de US$ 18 bi à Ucrânia; Hungria mantém veto

23.mai.2022 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participa, por vídeo, de reunião do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça - Arnd Wiegmann/Reuters
23.mai.2022 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participa, por vídeo, de reunião do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça Imagem: Arnd Wiegmann/Reuters

24/11/2022 11h16

O Parlamento Europeu aprovou, nesta quinta-feira (24), uma proposta de nova ajuda financeira à Ucrânia no valor de 18 bilhões de euros (em torno de US$ 18,7 bilhões) para 2023, embora o plano permaneça bloqueado pela Hungria.

A proposta foi aprovada por 507 votos a favor, com 38 votos contra e 26 abstenções.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, celebrou o resultado da votação, alegando que "é importante não apenas pelo financiamento tão necessário posto à disposição do povo da Ucrânia, mas que também é importante para a democracia".

Na forma de empréstimos, cujos juros ficariam a cargo dos Estados-membros, esta proposta de ajuda para 2023 foi lançada no início de novembro pela Comissão Europeia, com a ideia de proceder aos primeiros desembolsos em janeiro.

A Hungria, país que mantém uma conturbada relação com as instituições europeias, recusa-se, no entanto, a autorizar o empréstimo conjunto. O veto húngaro à proposta votada no Parlamento impede, na prática, sua aprovação formal no Conselho da UE.

Ao mesmo tempo, também nesta quinta, o governo húngaro anunciou a concessão de uma ajuda financeira de 187 milhões de euros para a Ucrânia.

A Hungria mantém uma amarga controvérsia com a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, que questiona o respeito do Estado de Direito, por parte desse governo. Por esse motivo, podem reter fundos europeus que, normalmente, caberiam ao país.

Nesta quinta-feira, os eurodeputados denunciaram a atitude do governo húngaro.

Em outro texto votado hoje, criticaram "que as autoridades húngaras continuem abusando da regra europeia de unanimidade para bloquear decisões essenciais".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou as necessidades da Ucrânia entre 3 bilhões e 4 bilhões de euros por mês em 2023.