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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia diz estar 'difícil' manter controle de Soledar, cidade estratégica para Rússia

11.jan.23 - Exército ucraniano, da 43ª Brigada de Artilharia Pesada, dispara um obus alemão Panzerhaubitze 2000, enquanto o ataque da Rússia à Ucrânia continua, perto de Soledar, Ucrânia - CLODAGH KILCOYNE/REUTERS
11.jan.23 - Exército ucraniano, da 43ª Brigada de Artilharia Pesada, dispara um obus alemão Panzerhaubitze 2000, enquanto o ataque da Rússia à Ucrânia continua, perto de Soledar, Ucrânia Imagem: CLODAGH KILCOYNE/REUTERS

12/01/2023 08h26Atualizada em 12/01/2023 09h43

O governo ucraniano disse, nesta quinta-feira (12), que o Exército está lutando intensamente pelo controle da cidade de Soledar, na região de Donetsk (leste), mas que a situação é "difícil".

"Os combates mais ferozes e mais intensos continuam hoje (quinta-feira) na área de Soledar", disse a vice-ministra da Defesa, Ganna Malyar, à imprensa.

Soledar, que antes do conflito tinha cerca de 10 mil habitantes, fica perto de Bakhmut, que os russos tentam conquistar há meses.

Na noite de quarta-feira (11), o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse que os combates continuam em Soledar e que o front na área "se mantém".

"A Rússia envia milhares de seus cidadãos para o matadouro, mas estamos aguentando", insistiu Ganna Malyar.

Desde o verão passado, a Rússia tenta assumir o controle desta zona da região de Donetsk, depois de ter sofrido vários reveses que levaram seu presidente, Vladimir Putin, a mobilizar centenas de milhares de reservistas e a lançar uma campanha de bombardeios contra as infraestruturas energéticas.

Sem dar números, Malyar disse hoje à imprensa que as tropas russas que combatem em Soledar, em grande parte mercenários do grupo paramilitar Wagner, "estão sofrendo grandes perdas" em sua tentativa "malsucedida" de romper a linha de defesa ucraniana.

"Os arredores da cidade estão repletos de cadáveres de soldados russos", disse a vice-ministra.

Kiev não estimou o número de soldados mortos e feridos na batalha de Soledar e na da vizinha Bakhmut, a grande cidade da região.

Em entrevista à AFP na quarta-feira, o conselheiro da Presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, citou "perdas significativas".