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Rússia planeja novo míssil intercontinental para 2023

30.set.2022 - Vladimir Putin, presidente da Rússia, em discurso sobre anexação de quatro regiões da Ucrânia à Rússia, na Praça Vermelha, em Moscou - Alexander Nemenov/AFP
30.set.2022 - Vladimir Putin, presidente da Rússia, em discurso sobre anexação de quatro regiões da Ucrânia à Rússia, na Praça Vermelha, em Moscou Imagem: Alexander Nemenov/AFP

23/02/2023 07h16Atualizada em 23/02/2023 08h32

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu nesta quinta-feira (23) colocar em serviço ainda este ano o modelo mais recente de míssil balístico intercontinental do país, o Sarmat, um sistema ultrapotente que supostamente registrou falhas, segundo fontes americanas.

"Prestamos atenção especial, como sempre, ao reforço da tríade nuclear. Este ano, os primeiros lançadores do sistema de mísseis Sarmat serão colocados em serviço", disse em um vídeo publicado na véspera do primeiro aniversário da ofensiva contra a Ucrânia e no Dia do Defensor da Pátria, feriado na Rússia.

Na terça-feira, em um discurso anual muito aguardado, Putin anunciou o início da operação de outros sistemas nucleares, sem mencionar quais, e a suspensão da participação da Rússia no tratado Novo Smart, o último acordo bilateral de desarmamento nuclear com os Estados Unidos.

O Sarmat, cujo lançamento foi anunciado para 2022, foi descrito por Putin em abril do ano passado como um míssil capaz de "provocar o fracasso de todos os sistemas antiaéreos" e que "fará refletir duas vezes aqueles que tentam ameaçar" a Rússia.

O sistema integra a série de mísseis apresentados em 2018 como "invencíveis" pelo presidente russo. Ele afirmou que o Sarmat, chamado de Satã II pelos ocidentais, tem um alcance quase ilimitado.

Mas de acordo com o canal CNN, que citou fontes americanas que pediram anonimato, o teste mais recente do Sarmat fracassou esta semana.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, se recusou a comentar a afirmação.

"Todas as informações que merecem ser tornadas públicas são processadas pelo canal do ministério da Defesa", disse, ao mesmo tempo que fez um alerta contra as "provocações" ocidentais.