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Washington apoia democracia 'forte' na Ucrânia após polêmica por eleições

Os Estados Unidos afirmaram, nesta terça-feira (7), ser favoráveis à manutenção de uma democracia "forte" na Ucrânia, embora tenham mostrado compreensão em relação à relutância do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em organizar eleições no início do próximo ano.

Todas as eleições, incluindo as presidenciais, foram canceladas desde a entrada em vigor da lei marcial após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.

"Não é o momento para eleições", disse o presidente ucraniano na segunda-feira, fechando a porta para eleições presidenciais no país após um crescente debate entre líderes políticos, depois de mais de um ano e meio de invasão russa.

Se a Rússia não tivesse lançado sua invasão em fevereiro de 2022, as eleições legislativas ucranianas deveriam ter ocorrido em outubro deste ano, e as eleições presidenciais estariam programadas para março de 2024.

Em relação às declarações de Zelensky, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Vedant Patel, disse que a decisão de não realizar eleições estava "em conformidade com a Constituição" ucraniana.

"É importante lembrar que a Ucrânia está nesta situação porque a Rússia continua realizando uma guerra ilegal em grande escala contra a Ucrânia. O povo ucraniano luta para sobreviver", afirmou Patel a repórteres ao denunciar os "bombardeios diários em infraestruturas civis".

"Também deixamos claro aos nossos parceiros ucranianos o nosso compromisso não apenas com a Ucrânia em sua luta, mas também em apoiar uma abordagem cuidadosa e constitucional para manter uma democracia forte em tempos de guerra", acrescentou.

Zelensky nega categoricamente qualquer estagnação na contraofensiva ucraniana, num momento em que a atenção mundial está voltada para o conflito entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas.

Em carta ao Congresso divulgada nesta terça-feira, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu a aprovação de um apoio direto ao orçamento de US$ 11,8 bilhões (R$ 57,4 bilhões) para a Ucrânia.

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