Restos mortais de acidente ocorrido em mina em 2006 são encontrados no México
Uma equipe de resgate encontrou novos restos humanos de um acidente ocorrido em uma mina em 2006 no norte do México, e que deixou 65 trabalhadores mortos, informou nesta quarta-feira (12) a Secretaria de Governo (Interior) do país.
"Foi informada às viúvas e aos familiares das vítimas da tragédia na mina de Pasta de Conchos a descoberta dos primeiros restos humanos localizados em uma das galerias, situada a 146 metros de profundidade", assinalou a secretaria em comunicado.
As autoridades não detalharam se os restos pertencem a uma ou mais pessoas.
No momento do acidente, ocorrido em 19 de fevereiro de 2006, apenas dois corpos foram resgatados.
Depois de muitos anos, o presidente Andrés Manuel López Obrador ordenou que os trabalhos de resgate fossem retomados, o que aconteceu em 2020.
Os novos esforços, a cargo de uma equipe da empresa elétrica estatal CFE, permitiram alcançar um dos pontos onde, segundo os registros de trabalho, havia 13 operários no dia do acidente, detalha o comunicado.
Além dos restos humanos, os resgatistas encontraram diversos objetos de trabalho e assinalaram que, neste exato ponto da mina, "não se identificou nenhum sinal de que teria ocorrido uma explosão", segundo a Secretaria de Governança.
"Por ora se desconhece as condições das galerias situadas em diferentes pontos da mina", acrescentou.
O Ministério Público de Coahuila, estado onde fica a mina, a Comissão Nacional de Buscas e o Instituto Nacional de Medicina Genômica vão iniciar o processo de identificação dos restos, bem como as perícias para determinar as causas do acidente, de acordo com a nota da secretária.
A principal hipótese é que o colapso foi causado por uma explosão de gás.
Em agosto de 2022, outros 10 mineradores morreram no colapso da mina de carvão El Pinabete, também localizada em Coahuila. Os corpos de apenas quatro trabalhadores foram recuperados até agora.
A ONG Família Pasta de Conchos, que exige justiça pelo acidente na mina, computa cerca de 3.100 trabalhadores falecidos na região desde 1883, a maioria no início do século XX.
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© Agence France-Presse
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