Petróleo se mantém estável diante da perspectiva de equilíbrio entre oferta e demanda
Os preços do petróleo avançaram apenas ligeiramente nesta terça-feira (12), influenciados pela fraca demanda na China, enquanto a oferta poderá ser excedente nos próximos meses.
Os preços do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro subiram 0,08%, atingindo 71,89 dólares.
Enquanto isso, o West Texas Intermediate (WTI) para dezembro aumentou apenas 0,12%, para 68,12 dólares o barril.
"A segunda-feira foi marcada por uma forte queda", disse à AFP Robert Yawger, da Mizuho USA, para quem os preços subiram no início da jornada desta terça-feira devido a um rebote técnico após a queda.
Os preços do petróleo caíram na segunda-feira, afetados pelas novas medidas de estímulo econômico das autoridades chinesas, consideradas decepcionantes pelo mercado.
O mercado segue pressionado pela perspectiva de um aumento de tarifas quando Donald Trump assumir a Presidência dos Estados Unidos em janeiro.
O republicano prometeu focar sua política comercial em tarifas alfandegárias, com taxas de 10% a 20% para produtos estrangeiros e de até 60% para os originários da China, o maior importador mundial de petróleo bruto.
"A China é há anos o motor do crescimento da demanda global de petróleo, mas enfrentará dificuldades [adicionais] se seu principal parceiro comercial lhe impuser tarifas tão altas", afirmou Yawger.
A Opep revisou novamente para baixo, nesta terça-feira, sua previsão de demanda para 2024 e 2025, após um primeiro ajuste no mês passado.
Do lado da oferta, espera-se um excedente de petróleo no próximo ano e "os Estados Unidos produzem em níveis recordes", enquanto "a Opep dispõe de uma grande capacidade de reserva", acrescentou o analista.
Por outro lado, a valorização do dólar após a vitória de Trump continua a pesar fortemente sobre os preços. Como o petróleo é cotado em dólares, o fortalecimento da moeda americana encarece o barril para investidores que operam com outras moedas, o que reduz a demanda.
"Todos esses problemas [...] exercem pressão sobre o mercado, e será difícil reverter a situação nos próximos dias, [já que] os fundamentos não são bons", concluiu Yawger.
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© Agence France-Presse
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