Venezuela classifica de 'ato desesperado' sanções dos EUA contra 'patriotas'
A Venezuela classificou de um "ato desesperado" as novas sanções que os Estados Unidos impuseram nesta quarta-feira (27) a 21 funcionários, sendo 15 deles militares, acusados por Washington de liderar a repressão para que Nicolás Maduro fosse declarado "fraudulentamente" presidente reeleito.
"As medidas anunciadas hoje - pelos Estados Unidos - são um ato desesperado de um governo decadente e errático, que busca ocultar seu rotundo fracasso eleitoral e a grave crise social em que deixa o país", afirmou a Chancelaria em um comunicado, ao rejeitar as sanções contra o "grupo de patriotas".
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, sancionou o chefe do serviço de inteligência, Alexis José Rodríguez Cabello; o diretor de Contrainteligência Militar, general Javier José Marcano Tábata; o chefe da polícia nacional, general Rubén Santiago; e funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).
Também foram sancionados o ministro da Comunicação, Freddy Ñáñez; o ministro do Gabinete da Presidência, contra-almirante Aníbal Coronado Millán; o ministro de Planejamento, Ricardo Menéndez; o ministro do Serviço Penitenciário, Julio García Zerpa; e Daniela Cabello, filha do ministro do Interior, Diosdado Cabello.
Os sancionados "apoiaram e executaram as ordens de Maduro para reprimir a sociedade civil em seus esforços para se declarar fraudulentamente vencedor das eleições presidenciais na Venezuela em 28 de julho", afirmou o Tesouro em comunicado.
A autoridade eleitoral proclamou Maduro como presidente reeleito, em meio a denúncias de fraude feitas pela oposição e sem apresentar os detalhes da apuração dos votos.
A oposição, liderada por María Corina Machado e seu candidato Edmundo González Urrutia, publicou em um site cópias de mais de 80% das atas eleitorais, com as quais reivindica a vitória nas eleições.
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© Agence France-Presse
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