Tribunal dos EUA ratifica condenação de US$ 5 milhões contra Trump por abuso sexual

Um tribunal federal de apelações confirmou, nesta segunda-feira (30), a decisão de um júri que ordena o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, a pagar 5 milhões de dólares (30,9 milhões de reais, na cotação atual) por abuso sexual e difamação contra a escritora E. Jean Carroll.

Um júri de Nova York determinou no ano passado, após um julgamento civil de nove dias, que o ex-presidente abusou sexualmente de Carroll em uma loja de Manhattan em 1996.

Trump foi condenado a pagar uma indenização de 2 milhões de dólares por abuso sexual e outros 3 milhões por difamação contra Carroll, ex-colunista da revista Elle.

O ex-presidente recorreu da decisão, alegando que o tribunal não deveria ter permitido o depoimento de duas mulheres que afirmaram terem sofrido abusos sexuais por parte dele.

No entanto, o painel de três juízes do Segundo Tribunal de Apelações do Circuito dos Estados Unidos discordou.

"Concluímos que o senhor Trump não demonstrou que o tribunal de distrito cometeu erros em nenhuma das decisões contestadas", declararam.

"Além disso, ele não cumpriu sua obrigação de demonstrar que qualquer erro ou combinação de erros reivindicados afetaram seus direitos fundamentais, como exigido para justificar um novo julgamento", acrescentaram.

O porta-voz de Trump, Steven Cheung, afirmou que o republicano apresentará um novo recurso para o caso.

"O povo dos Estados Unidos reelegeu o presidente Trump com um mandato esmagador", declarou Cheung em um comunicado.

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"Eles exigem o fim imediato da instrumentalização do nosso sistema de justiça e o rápido encerramento de qualquer caça às bruxas, incluindo a fraude Carroll patrocinada pelos democratas, que continuará sendo contestada", acrescentou.

Em um caso separado contra Trump, o júri concedeu a Carroll uma indenização no valor de 83 milhões de dólares (R$ 514 milhões).

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© Agence France-Presse

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