Vazamento de petróleo provoca emergência ambiental no Equador
Um vazamento de petróleo atingiu um rio na província equatoriana de Esmeraldas (noroeste) e obrigou o governo a decretar emergência ambiental na noite de sexta-feira (14) devido aos "danos sem precedentes".
Os danos em um oleoduto, aparentemente causados por um deslizamento de terra, contaminaram um rio de que tem o mesmo nome da região de fronteira com a Colômbia.
Imagens captadas por um repórter da AFP mostram como a água mudou de cor em alguns trechos em Cube, uma aldeia pertencente ao cantão (município) de Quinindé, onde ocorreu o acidente.
Moradores tentam deter o fluxo construindo diques e canais de terra com escavadeiras.
"Fomos afetados pelo derramamento porque o arraste que o rio teve é de muitos quilômetros, o lodo que se forma com o petróleo penetrou em todas as encostas", disse Fernando Gándara, um camponês.
"Tenho alguns hectares de cacau afetados que foram queimados", lamentou.
O Comitê de Operações de Emergência (COE) da capital da província, também chamada Esmeraldas, decretou a emergência ambiental devido à contaminação da água que desce de Quinindé.
Vilko Villacís, prefeito da cidade com mais de 200 mil habitantes, afirmou que o vazamento está causando danos "sem precedentes". A prefeitura suspendeu o bombeamento do rio que abastece o sistema de água potável e pediu à população que racionasse o uso de água.
Na sexta-feira, a estatal Petroecuador disse que havia ativado um plano para lidar com a emergência no oleoduto, que faz parte do Sistema de Oleoduto Transequatoriano (SOTE), que transporta petróleo bruto da Amazônia. A empresa ainda não estimou o volume de petróleo derramado.
O Equador produziu 475 mil barris de petróleo por dia em 2024, dos quais 72% foram exportados.
O estatal Sistema de Oleoduto Transequatoriano, é o oleoduto mais utilizado no país e tem capacidade para transportar 360 mil bd em 497,7 quilômetros que se estendem pela Amazônia, Serra e Costa do Pacífico.
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© Agence France-Presse
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