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"Processo escabroso", diz Planalto sobre massacre em prisões de Manaus

 Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus - Marlene Bergamo - 10.ago.2018/Folhapress
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus Imagem: Marlene Bergamo - 10.ago.2018/Folhapress

28/05/2019 20h56

O porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, disse hoje que o presidente Jair Bolsonaro está "consternado" com a chacina ocorrida no sistema prisional do Amazonas, que resultou num total de 55 mortos, todos detentos.

De acordo com a Seap (secretaria estadual de Administração Penitenciária), as mortes ocorreram no Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade), no CDPM (Centro de Detenção Provisória Masculino), no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) e na UPP (Unidade Prisional do Puraquequara), todos localizados em Manaus (AM). Os corpos apresentavam indícios de morte por asfixia.

Obviamente, o presidente está consternado pelo processo escabroso que ocorreu naquele sistema penitenciário. E já vem orientando o ministro Moro no sentido de colocar toda a sua força como ministro da Justiça e Segurança Pública para apoiar aquele estado",

Rêgo Barros, porta-voz do Palácio do Planalto

O governo federal, que monitora a situação nos presídios por meio do próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública, além dos serviços de inteligência, não crê que a violência nos presídios possa extrapolar para as ruas.

"Não existem indicações de que essa crise possa extrapolar o âmbito do complexo penitenciário", acrescentou o porta-voz da Presidência.

Mais cedo, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Pontel, disse que assinaria a autorização para que agentes da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária atuem no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. O pedido de apoio da força-tarefa foi feito pelo governo estadual.