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Polícia Federal investiga fraudes em hospital de campanha em Fortaleza

Polícia Federal deflagra Operação Cartão Vermelho 2, que apura irregularidades no hospital de campanha do Estádio Presidente Vergas, em Fortaleza - Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal deflagra Operação Cartão Vermelho 2, que apura irregularidades no hospital de campanha do Estádio Presidente Vergas, em Fortaleza Imagem: Divulgação/Polícia Federal

23/08/2021 10h50Atualizada em 23/08/2021 11h30

A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Cartão Vermelho 2, que tem objetivo de desarticular um grupo investigado por crimes de corrupção, desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa de licitação.

As irregularidades foram identificadas no hospital de campanha montado para atender pacientes da covid-19 no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza.

Cerca de 35 policiais federais e oito servidores da CGU (Controladoria-Geral da União) estão cumprindo sete mandados de busca e apreensão, em domicílios de investigados, em Fortaleza e em Brasília.

A ação visa instruir inquérito policial que apura indícios de atuação criminosa de servidores públicos, dirigentes de organização social sediada em São Paulo, contratada para gestão do hospital de campanha, e empresários.

"As investigações tiveram início em 2020 e, a partir dos dados coletados e analisados pela PF e CGU na primeira fase da Operação Cartão Vermelho, deflagrada em novembro de 2020, foram reforçados indícios de conluio entre os investigados para direcionar escolha de organização social, com pagamentos superfaturados, transações com empresas de fachada, desvio de recursos públicos federais e enriquecimento ilícito dos investigados", disse a PF em nota.

As investigações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, ordenação de despesa não autorizada por lei e organização criminosa, e, se condenados, poderão cumprir penas podem chegar a 33 anos de reclusão.