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Vacina em adolescente: Sociedade de Imunização diz que recuo gera fake news

A SBIM afirmou que a medida gera receio na população e abre espaço para fake news - Capuski/Getty Images/iStockphoto
A SBIM afirmou que a medida gera receio na população e abre espaço para fake news Imagem: Capuski/Getty Images/iStockphoto

16/09/2021 20h09

A SBIM (Sociedade Brasileira de Imunizações) e os conselhos Conass (Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) se posicionaram nesta quinta-feira (16) pela continuidade da vacinação contra a covid-19 de adolescentes sem comorbidades.

As posições foram divulgadas em resposta à decisão do Ministério da Saúde de suspender a imunização desse público, mantendo apenas a aplicação de doses para pessoas entre 12 e 17 anos de idade com comorbidades, anunciada hoje.

Em nota, a SBIM afirmou que a medida gera receio na população e abre espaço para fake news. A entidade questionou as justificativas apresentadas pelo governo federal para rever a orientação.

Quanto à orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde), a sociedade lembrou que o grupo de especialistas da instituição considera que vacinas de RNA mensageiro, como a da Pfizer/BioNTech, são adequadas para pessoas a partir dos 12 anos de idade.

A SBIM acrescentou que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso da vacina da Pfizer/BioNTech em pessoas com 12 a 17 anos de idade, incluindo os sem comorbidades.

"De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 1.545 eventos adversos entre os 3.538.052 adolescentes vacinados no Brasil até o momento (0,043%). Erros de imunização respondem pela absoluta maioria (93%)", diz a nota.

Secretários de Saúde

O Conass e o Conasems, em nota, lamentaram as decisões do Ministério da Saúde. Os órgãos defenderam a autorização dada pela Anvisa e o uso em diversos países e disseram que a decisão do ministério foi tomada "unilateralmente e sem respaldo científico".

"Enquanto executores desta importante política pública, Conass e Conasems, baseados nos atuais conhecimentos científicos, defendem a continuidade da vacinação para a devida proteção da população jovem, sem desconsiderar a necessidade de priorizar neste momento dentre os adolescentes, aqueles com comorbidade, deficiência permanente e em situação de vulnerabilidade", conclui a nota.