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Anvisa mantém autorização de vacina da Pfizer para adolescentes

Agência afirma que não há evidências que justifiquem as mudanças nas vacinas aprovadas - Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo
Agência afirma que não há evidências que justifiquem as mudanças nas vacinas aprovadas Imagem: Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

16/09/2021 19h02Atualizada em 16/09/2021 19h41

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou hoje um comunicado dizendo que investiga o caso da morte de uma adolescente de 16 anos após aplicação da vacina da Pfizer. A Anvisa, no entanto, diz que até o momento "não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina".

"A Anvisa já iniciou avaliação e a comunicação com outras autoridades públicas e adotará todas as ações necessárias para a rápida conclusão da investigação. Entretanto, com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina", publicou a Anvisa. "Com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população entre 12 e 17 anos."

A agência reforçou que o uso do imunizante em adolescentes com 12 anos ou mais está autorizado em outros países, como Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Horas antes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a aplicação da vacina contra covid-19 em adolescentes foi feita de maneira "intempestiva" e criticou estados por não seguirem as orientações federais.

"Estados e municípios iniciaram essa vacina antes, até no mês de agosto, vacina que era para começar ontem", disse ele durante entrevista coletiva. "Como conseguimos coordenar a campanha dessa forma?".

Ontem à noite, o Ministério da Saúde suspendeu a vacinação para adolescentes sem comorbidades. Alguns estados já estavam aplicando o imunizante nessa população, enquanto outros previam começar hoje.

A nova orientação prevê que a vacina só seja aplicada em pessoas entre 12 e 17 anos que tenham "deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade". A decisão estaria embasada nas orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) de não recomendar a imunização desse grupo, pelo número baixo de casos graves e pelos poucos estudos sobre a vacinação nessa faixa etária.

Supostas reações adversas

Segundo o ministro, a vacinação foi interrompida para investigação de eventos adversos, e que não será retomada até que haja evidências científicas "sólidas". O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou que foram registrados cerca de 1.500 episódios dentre esses 3,5 milhões de adolescentes vacinados. Desses, a maioria é leve, mas Medeiros citou a morte de uma adolescente paulista como motivo de monitoramento.

O que diz a Pfizer?

Em comunicado divulgado após a fala de Queiroga, a Pfizer reforçou que não há relação causal entre a morte da adolescente e o imunizante e ressaltou que a definição da utilização e disponibilização da vacina no Brasil "é feita com base em critérios de recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI)."