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Avião com corpos de Dom e Bruno deixa Brasília

Os dois foram mortos por pescadores ilegais quando passavam de barco pela reserva - BBC
Os dois foram mortos por pescadores ilegais quando passavam de barco pela reserva Imagem: BBC

23/06/2022 15h53Atualizada em 23/06/2022 16h25

O avião com os corpos de Bruno Pereira e Dom Phillips decolou do Aeroporto de Brasília por volta das 14h de hoje (23). A perícia nos restos mortais do indigenista e do jornalista foi concluída ontem (22), segundo a Polícia Federal (PF).

O corpo de Bruno tem Pernambuco como destino final. O velório está marcado para amanhã (24), às 9h, no município de Paulista, na região metropolitana de Recife. A cremação está marcada para as 15h. O jornalista Dom Phillips será velado em Niterói, no Rio de Janeiro. O funeral e a cremação do britânico estão marcados para domingo (26), a partir das 9h.

Mesmo com a liberação dos corpos, os trabalhos de perícia continuam no Instituto Nacional de Criminalística, concentrados na análise de vestígios diversos.

Dom Phillips, que era colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Funai, foram vistos pela última vez na manhã do dia 5 de junho, na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.

Os dois foram mortos por pescadores ilegais quando passavam de barco pela reserva. Bruno Pereira foi morto com dois tiros na região abdominal e torácica e um na cabeça. Dom Phillips levou um tiro no abdômen/tórax. A munição usada no assassinato foi típica de caça.

Três dos suspeitos estão presos e cinco foram identificados por terem participado da ocultação dos cadáveres. Os presos são Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Até o momento, apenas Amarildo confessou o crime.

O indigenista denunciava ameaças sofridas na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre a denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da Univaja, uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região, que tinha como foco impedir invasão da reserva por pescadores, caçadores e narcotraficantes.