Julgamento do Carandiru não mobiliza mais como no início
Do primeiro julgamento, em abril de 2013, até a última audiência em março, o júri do massacre do Carandiru esvaziou. Na plateia, quase só se viam advogados e curiosos de passagem sentados em um plenário com capacidade para 230 pessoas, praticamente desocupado. Nesta segunda-feira (31), começa a quinta e última fase do maior processo.
Até familiares dos réus foram recomendados a não comparecer. Mesmo Organizações Não Governamentais (ONGs) ligadas ao sistema carcerário mostraram desinteresse.
"É como você colocar em julgamento os soldados que vão para a guerra e os mandantes ficarem totalmente fora de qualquer punição", diz o padre Valdir João Silveira, da Pastoral Carcerária Nacional. "Não adianta punir os policiais se a estrutura que criou a política violenta da época é mesma que se mantém no poder."
Segundo ele, entidades de direitos humanos ligadas à Rede 2 de Outubro estão mais interessadas em um sistema de Justiça restaurativa, em que o agressor participa do processo de reparação do dano da vítima e reconhece o erro. "Fomos convidados pelo o Ministério Público para participar do julgamento, mas não tínhamos interesse."
Para o promotor Márcio Friggi, "é natural que as pessoas percam o interesse no processo ao longo dos anos." A baixa mobilização chamou a atenção da diretora do Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu. "Não entendemos o que houve. Conversamos com outras entidades, mas elas não quiseram comparecer. Parece que esfriou." As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
$escape.getH()uolbr_geraModulos($escape.getQ()embed-foto$escape.getQ(),$escape.getQ()/2014/julgamento-do-carandiru---quinto-pavimento-1394832029542.vm$escape.getQ())
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.