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Desocupação de prédios invadidos do Minha Casa é adiada

Moradores que invadiram o conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida em Guadalupe continuam no local nesta segunda-feira - Gabriel de Paiva/ Agência O Globo
Moradores que invadiram o conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida em Guadalupe continuam no local nesta segunda-feira Imagem: Gabriel de Paiva/ Agência O Globo

No Rio

17/11/2014 14h16

A desocupação dos prédios ocupados do Minha Casa Minha Vida no Residencial Guadalupe, no bairro de mesmo nome na zona norte do Rio de Janeiro, que estava prevista para a manhã desta segunda-feira (17), foi suspensa. Segundo o tenente-coronel Luiz Carlos Leal, comandante do 41º Batalhão de Polícia Militar (Irajá), a oficial de Justiça que entregaria o pedido de reintegração de posse dos apartamentos "foi requisitada pelo juiz". Não há previsão de nova data para o fim da ocupação, que já dura uma semana.

Os ocupantes prometeram sair de forma pacífica, mas aguardam a chegada do documento oficial. Sete policiais, uma viatura da Polícia Militar e um veículo blindado da PM, conhecido como Caveirão, estão em frente ao condomínio para impedir a entrada de outras pessoas.

O condomínio foi construído perto do Complexo do Chapadão, um conjunto de favelas que ainda não tem UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Ao lado do condomínio, que ficou oito meses vazio aguardando a documentação para que as famílias de baixa renda sorteadas pudessem morar, ainda há casas de palafita. As paredes do condomínio estão pichadas com símbolos da facção Comando Vermelho. Os apartamentos seriam entregues em dois meses.

A ordem de reintegração de posse foi expedida na quinta-feira (13) pelo juiz Paulo José Cabana de Queiroz Andrade, da 1ª Vara Cível da Regional da Pavuna. Entre as exigências, estão a identificação dos ocupantes e que a empresa BR4 seja a "depositária dos bens que os invasores se recusarem a retirar do local". Caso sejam encontradas armas e drogas, o material deve ser encaminhado para a 31ª Delegacia de Polícia (Ricardo de Albuquerque), onde o caso foi registrado.