Moro: Precisamos usar a legislação para interromper essas carreiras criminosas
"Não há dúvida de que a prisão preventiva é uma exceção, mas a nossa legislação permite que seja usado em alguns casos. Aqui no Brasil se mostrou necessário", disse fazendo alusão ao departamento de propinas da Odebrecht. "Não foi um caso localizado, mas um caso serial e isso determinava uma medida mais severa", completou.
Moro também aludiu ao "bunker" de Geddel Vieira Lima, que guardava R$ 51 milhões. "Há informações de atos criminosos da década de 90. Será que teríamos um apartamento de R$ 51 milhões se as autoridades tivessem tomado providências naquela época", disse, referindo-se a Geddel.
"A legislação prevê recursos mais drásticos para interromper essas carreiras criminosas", sustentou, completando que é preciso ouvir as críticas ao instrumento.
Moro também mencionou a polêmica sobre a colaboração premiada, citando que foi um instrumento também utilizado na Itália, mas completando que, no Brasil, o instituto está mais claro na legislação. "Não deixa de ter suas polêmicas mas, se bem utilizado, serve como recurso para revelar esses crimes", disse. "Utilizar um criminoso contra o outro é uma técnica importante", completou Moro.
O juiz participa do Fórum Estadão Operação Mãos Limpas & Lava Jato, uma associação entre o jornal O Estado de S. Paulo e o Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP). O painel, reservado para convidados, será mediado pela jornalista Eliane Cantanhêde, colunista do Estado, e pela economista Maria Cristina Pinotti, do CDPP. Terá ainda a participação do diretor de Jornalismo do Estado, João Caminoto, e do economista Affonso Celso Pastore, do CDPP.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.