Depósitos de Queiroz foram pagamento de empréstimos, afirma Bolsonaro
"O empréstimo foi se avolumando e eu não posso, de um ano para o outro, (colocar) mais R$ 10 mil, mais R$ 15 mil. Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o fisco. Não tem problema nenhum", declarou.
Bolsonaro explicou que conhece Fabrício Queiroz, ex-funcionário do gabinete de seu filho, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, desde 1984. Nesse período, disse, a relação entre dois se intensificou. O presidente eleito disse não ter se encontrado com Queiroz após a divulgação das investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a movimentação atípica de R$ 1,23 milhão, entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017.
"Eu não conversei com ele. Se ele quiser conversar comigo mas acho que não seria prudente", declarou, após participar de um evento na Escola Naval.
Para o presidente eleito, a movimentação entre as contas de Queiroz e outros membros de seu gabinete é normal. Da mesma forma, disse considerar normal que a filha do funcionário de Flávio Bolsonaro trabalhasse em seu gabinete. De acordo com o Coaf, ela repassou mais de R$ 84 mil ao pai no período pesquisado.
Segundo Bolsonaro, a movimentação identificada pelo Coaf ocorreu no último ano, mas os empréstimos começaram "lá atrás". "Já o socorri financeiramente em outras oportunidades. Nessa última, houve um acúmulo de dívidas da parte dele para comigo e ele resolveu me pagar em cheques", disse, frisando que recebeu dez cheques de R$ 4 mil.
Bolsonaro frisou que os recursos pertencem a ele e não a Michelle e disse esperar que Queiroz se explique; afirmou, ainda, que existem mais de 600 mil pessoas na malha fina do imposto de renda. "Na conta do Queiroz não tenho nada a falar. Foi na (conta) da minha esposa pode considerar na minha conta", disse. "Não quer dizer que eles sejam criminosos", completou.
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