Bebês exigem cuidados redobrados em dias mais quentes
"A Laurinha fica muito suada e incomodada com o calor. À noite, procuro colocar pouca roupa e uma toalha por baixo para não deixar o lençol molhado. Ela tem acordado de hora em hora. Além disso, o verão traz os pernilongos", diz Kátia Oliveira, mãe da Laura de 2 anos. Ela também procura dar muita água e frutas como a melancia para refrescar a filha.
A pediatra e neonatologista Maria Cecília Correia Hyppolito lembra que os pais devem ter atenção principalmente com os bebês com menos de 2 anos.
"Use roupas leves, ofereça muito líquido, frutas e alimentos frescos. Evite também exposição solar em horários mais quentes. Pode permanecer ao ar livre, mas na sombra", indica Hyppolito.
Outra preocupação é com as assaduras. É importante realizar trocas frequentes de fraldas. No calor, também é comum as crianças ficarem com bolinhas vermelhas pelo corpo, o indicado é dar mais de um banho ao dia.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as temperaturas também bateram recorde. Na terça-feira, 18, a temperatura chegou a 34,4ºC no Mirante de Santana, na zona norte da capital paulista. Nesta quarta-feira, 19, a previsão é de 28ºC e na quinta-feira, 20, de 33ºC. No Rio, os termômetros registraram 40,6ºC na estação meteorológica de Santa Cruz, na zona oeste, na terça-feira.
Segundo a Climatempo, a Primavera está terminando e teve muitos eventos de frio atípico nos Estados do Sul, do Sudeste e em Mato Grosso do Sul. Mas de repente, o calor entrou em cena.
"Há vários dias, cidades dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, de todos os Estados da Região Sul e do Mato Grosso do Sul têm estado na lista das 10 mais quentes do País, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia e não é com calor de 30°C, 32°C, mas um calor realmente extremo entre 37°C e 40°C", destaca a Climatempo.
Fábio Araújo é pai da Sofia de 5 meses e meio. Ele concorda que o excesso de calor traz muito desconforto para os bebês.
"Minha filha fica muito incomodada com o calor. Procuro deixar com roupas mais leves, mas também me preocupo com a variação de temperatura. Calor extremo e de repente a temperatura diminui quando chove. É preciso verificar a temperatura constantemente. Ando com várias roupas de calor e de frio. Ela ainda mama no peito e a mãe sempre fica atenta para amamentar quando ela está com fome e também com sede, já que o leite materno também tem nutrientes que aliviam a sede", comentou Araújo.
O doutor Daniel Albuquerque, superintendente de Provimento em Saúde e médico responsável pela atenção integral à saúde na Central Nacional Unimed reforça que o corpo do recém-nascido resfria e esquenta muito facilmente. Segundo ele, o cuidado deve ser aumentado por essa questão da regulação térmica.
"Mantê-lo muito bem hidratado. Redobrar a atenção nos dias quentes. Ao mesmo tempo que ganha calor, o corpo do bebê também pode esfriar muito rapidamente. Entre 6 meses e 1 ano, a regulação começa a ficar mais estável. Nos dias mais quentes, procure vestir o bebê com roupas mais leves e de algodão. Mantenha a cabeça descoberta", orienta Albuquerque.
O doutor também lembra que o bebê precisa receber sol, mas nas primeiras e últimas horas do dia. "Em São Paulo, como a temperatura muda rapidamente, é preciso ter uma roupa de frio também por perto", ressalta.
Disputados por adultos nos dias de calor, o ventilador e o ar-condicionado são perigosos para as crianças, pois o ar muito seco ou muito frio pode deixar a garganta dos pequenos vulnerável para infecções. "Nunca devem ser usados diretamente na criança. O ideal é resfriar o corpo da criança com líquido ou leques", aconselha ele.
Rafaela Galvagni é mãe do Gustavo de 6 meses. Ela conta que tem dado mais de um banho por dia e lavado o rosto e pescoço do bebê com mais frequência. "Dou mais banho e ele tem ficado só de fralda mesmo. No mais, deixo longe do sol, também não deixo direto no sofá porque o tecido é quente. Tento colocar tecidos mais geladinhos em contato com o corpo dele", explica Galvagni.
O pequeno Gabriel de 2 anos gosta muito de piscina e de gelatina. A mãe dele ressalta que desta forma ele fica mais aliviado. "Ele ama gelatina. Também monto a piscina para que ele possa se refrescar nos dias mais quentes, sempre levando em conta os melhores horários em relação à exposição ao sol", diz Cristiana Helena.
Até os 6 meses, não é recomendado o uso de protetor solar, por isso, o ideal é procurar locais com sombra. Passada esta fase, o protetor é indicado. Mesmo assim, não é aconselhável que os pequenos fiquem expostos ao forte sol.
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