Coaf produziu 7 mil relatórios em 2018 sobre mais de 370 mil pessoas e empresas
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) produziu e encaminhou às autoridades em 2018 7.279 Relatórios de Inteligência Financeira, os RIFs, que relacionaram mais de 370 mil pessoas físicas e jurídicas e cerca de 330 mil comunicações de operações suspeitas e em espécie. Os dados são do balanço anual divulgado pelo órgão.
Os RIFs são produzidos com base em informações fornecidas por setores obrigados a relatar ao Coaf todas a transações suspeitas e acima do limite estipulado pelo Banco Central para transações em dinheiro em espécie.
Além dos bancos, fornecem informações ao Coaf corretoras, empresários de artistas e atletas, joalherias e comerciantes de pedras preciosas. Somente neste ano, foram 3 milhões de comunicações recebidas sobre transações suspeitas e em espécie.
Com essas informações, os técnicos do Conselho, que deve sair do Ministério da Fazenda e ir para a pasta de Justiça a ser comandada por Sergio Moro, produzem relatórios como o que cita Fabrício Queiroz, o ex-motorista de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
"Siga o dinheiro! Esse é o princípio de atuação do Coaf na prevenção e combate à lavagem de dinheiro", afirmou Antonio Ferreira, presidente do Conselho.
Além de receber e organizar as informações recebidas dos setores obrigados, o Conselho também recebe pedidos de investigadores e demais autoridades nacionais e internacionais.
Segundo Coaf, foram recebidos 6.915 pedidos de informações de autoridades nacionais e realizadas 297 trocas de informações com outras Unidades de Inteligência Financeira no exterior.
"Destacam-se, dentre os RIFs produzidos em 2018, cerca de 400 que municiaram a Força Tarefa Lava Jato no Paraná e Rio de Janeiro, a operação Cui Bono, Greenfield, Cadeia Velha, bem como aquelas operações destinadas à supressão da capacidade de pagamento de organizações criminosas que atuam dentro e fora dos presídios", diz nota divulgada pelo órgão.
A atuação em conjunto as polícias judiciárias e o Ministério Público resultou, segundo o Coaf, no bloqueio de cerca de R$ 36 milhões no Brasil e no exterior, relacionados a investigações sobre lavagem de dinheiro e outros crimes.
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