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Alteração nas regras das companhias áreas afetou custo com passagens, diz STF

Carlos Moura/STF
Imagem: Carlos Moura/STF

Teo Cury e Rafael Moraes Moura

Brasília

26/01/2019 07h45

Os ministros citados pelo jornal O Estado de S. Paulo foram procurados via assessoria do Supremo Tribunal Federal ou pelo gabinete. A Secretaria de Comunicação Social da Corte afirmou que as despesas com passagens aéreas "são impactadas por diversos fatores" e que no ano passado "houve alterações de regras das companhias aéreas que elevaram o custo total" dos bilhetes.

A Corte publicou uma resolução em 2015 segundo a qual os pedidos de compra devem ser encaminhados "com a máxima antecedência e devem ser adquiridos os bilhetes com o menor custo, considerando o horário do evento a ser realizado".

A resolução fixa até uma "categoria de transporte aéreo" nas viagens ao exterior, dependendo da função desempenhada na Corte. No caso dos ministros, eles devem viajar de primeira classe, enquanto juízes auxiliares vão de executiva e servidores, de econômica. O STF também pode bancar a primeira classe para cônjuges ou companheiros dos ministros, "quando indispensável sua presença".

"Quanto às despesas de passagens internacionais, são emitidas exclusivamente para representação institucional, conforme divulgado pelo tribunal na página de transparência. Os valores são compatíveis com o encargo de representação institucional", diz a nota.

Sobre as despesas com a exposição de fotografias no STF, a Corte informou que o fotógrafo Sebastião Salgado "é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho" e que o deslocamento em classe executiva "observou os atos normativos do tribunal", sendo "compatível com a doação realizada por ele correspondente a mais de US$ 1 milhão". A respeito da sala vip do aeroporto, disse que o espaço é exclusivo para os ministros da Corte e visa à "segurança nos embarques e desembarques".

O gabinete de Alexandre de Moraes informou que ele assumiu a função em março de 2017 e o "gasto proporcional por mês de 2018 foi 11% menor que o de 2017". Os ministros Luiz Fux e Ricardo Lewandowski não se manifestaram.