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Ex-governador Beto Richa deixa a prisão em Curitiba

Igor Moraes

Em São Paulo

01/02/2019 12h52Atualizada em 01/02/2019 14h01

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) deixou, por volta das 10h desta sexta-feira (1º), o Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba. A ordem de soltura do tucano foi decidida na quinta-feira (31), pelo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro João Otávio de Noronha.

Para Noronha, a prisão de Beto Richa era precipitada e motivada por fatos praticados há mais de sete anos. "Além disso, a realidade é outra, houve renúncia ao cargo eletivo, submissão a novo pleito eleitoral e derrota nas eleições. Ou seja, o que poderia justificar a manutenção da ordem pública - fatos recentes e poder de dissuasão - não se faz, efetivamente, presente", disse o presidente do STJ.

Beto Richa deixou o governo do Paraná em abril do ano passado para disputar o Senado, mas não foi eleito.

O presidente do STJ também mandou soltar José Richa Filho, irmão do ex-governador, Noronha determinou a expedição da ordem de salvo-conduto de ambos "para que não sejam presos cautelarmente no âmbito da Operação Integração II, exceto se demonstrada, concretamente, a presença de algum dos fundamentos admitidos pela legislação processual em vigor para sua decretação".

O ex-governador do Paraná foi preso na manhã do dia 25 de janeiro pela Polícia Federal. A prisão preventiva do tucano foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23.ª Vara Federal de Curitiba. O pedido foi feito pela força-tarefa da Lava Jato na Operação Integração, que investiga corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na concessão de rodovias federais no Paraná que fazem parte do Anel da Integração.