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Bunker de Paulo Preto teria o dobro de dinheiro do de Geddel

31.out.2010 - Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa - Robson Fernandes/Estadão Conteúdo
31.out.2010 - Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa Imagem: Robson Fernandes/Estadão Conteúdo

Lorenna Rodrigues

19/02/2019 10h54

A Polícia Federal (PF) cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e um de prisão na 60ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Ad Infinitum. O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi preso hoje (19) em São Paulo.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Alessandro Vieira, Souza deveria ser levado a Curitiba (PR) ainda nesta terça-feira, mas ficou em São Paulo a pedido do Ministério Público porque tem "compromissos judiciais" na capital relativos a outros processos, como uma audiência na parte da manhã.

"São pessoas investigadas e que respondem a outros processos criminais. Temos a sensação de que estamos diante de um ciclo interminável de corrupção e lavagem de dinheiro", afirmou o delegado.

Malas de dinheiro em endereço atribuído a Geddel Vieira Lima em Salvador - Divulgação - Divulgação
Malas de dinheiro encontradas em apartamento em Salvador e atribuídas a Geddel Vieira Lima
Imagem: Divulgação

De acordo com o procurador da República Roberson Pozzobon, Paulo Preto participou de lavagem de mais de R$ 100 milhões. A operação envolve a Odebrecht e também investiga os outros supostos operadores do esquema: Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Álvaro Novis.

Nos depoimentos, os operadores disseram que Paulo Preto tinha um bunker para guardar propinas de mais de R$ 100 milhões e que chegava a colocar notas para "tomar sol" para evitar bolor. "O bunker de Paulo Preto tinha o dobro do bunker do Geddel (Vieira Lima)".