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Polícia prende em BH vereador do PSL acusado de pegar salário de funcionários

O vereador de Belo Horizonte Claudio da Drogaria Duarte (PSL) - Rafa Aguiar/Divulgação/Câmara Municipal de Belo Horizonte
O vereador de Belo Horizonte Claudio da Drogaria Duarte (PSL) Imagem: Rafa Aguiar/Divulgação/Câmara Municipal de Belo Horizonte

Julia Affonso e Ricardo Brandt

Em São Paulo

02/04/2019 13h55

A Polícia Civil de Minas prendeu hoje o vereador de Belo Horizonte Claudio Donizete Duarte (PSL), o Claudio da Drogaria Duarte, e Luiz Carlos de Souza Cordeiro, seu chefe de gabinete. Ambos foram presos sob acusação de retenção de parte dos salários dos funcionários do gabinete.

A Divisão Especializada de Investigação de Fraudes e Crimes contra a Administração Pública cumpriu ainda cinco mandados de busca e apreensão: nas residências dos investigados, no gabinete do parlamentar na Câmara de BH, em seu Comitê Eleitoral e em uma associação no bairro Céu Azul controlada pelo vereador.

De acordo com a Polícia Civil, um funcionário recebia salário de R$ 11 mil e ficava com apenas R$ 1.000. A investigação aponta que o restante era repassado para o parlamentar por meio do chefe de gabinete.

A reportagem fez contato com o gabinete do vereador e com a Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte. O espaço está aberto para as manifestações.

O delegado Domiciano Monteiro - chefe da Divisão Especializada de Investigação de Fraudes e Crimes contra a Administração Pública - afirma que são investigados os crimes de peculato, concussão, formação de organização criminosa e obstrução de Justiça.

"O inquérito mostra que, desde o início do mandato até o presente momento, o vereador, através de ajuste com funcionários do gabinete, vinha desviando dinheiro público em seu benefício. Ele exigia parte do salário dos funcionários, alegando, dentre outros motivos, necessidade de quitar despesas da campanha eleitoral", afirmou Monteiro.

"Com o início das investigações, ele passou a ameaçar os envolvidos para que permanecessem em silêncio", acrescentou.

O delegado pediu à Justiça a indisponibilidade de bens do vereador e o afastamento cautelar das funções de Claudio da Drogaria Duarte e de outros cinco funcionários - Luiz Carlos de Souza Cordeiro, Ligia de Azevedo Fernandes, Mário Jose de Carvalho Leite, Reginaldo Henrique dos Santos e Wanderley Sergio dos Santos.

Segundo a Polícia, todos os pedidos já foram deferidos pela Justiça.

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