Superior Tribunal Militar nega habeas corpus de sargento da FAB preso com cocaína
A defesa do militar solicitava acesso ao inquérito policial militar aberto no Brasil para investigar as circunstâncias em torno do crime de tráfico internacional. Os autos são sigilosos.
Na petição, o advogado Carlos Alexandre Klomfahs solicita à Corte Militar a concessão de uma liminar que determine o acesso aos documentos.
O ministro do Superior Tribunal Militar, no entanto, rejeitou a argumentação de que teria havido constrangimento ilegal. Argumentou, na decisão, que nos documentos anexados ao habeas corpus, não constava o requerimento à 2ª Auditoria de Brasília para acesso aos autos.
Rodrigues foi preso no dia 25 de junho ao desembarcar em Sevilha com o carregamento de droga. O segundo-sargento é comissário de bordo e fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou Bolsonaro na reunião do G-20, no Japão.
Além do inquérito policial militar, o militar é alvo de investigação da Polícia Federal, aberta para apurar eventuais ligações de Rodrigues com narcotraficantes e se houve prática de crimes que não fazem parte do Código Penal Militar, como a associação para o tráfico, trafico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Quando o sargento da FAB foi preso em Sevilha, o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, então no exercício da Presidência, classificou o militar como uma mula qualificada - pela grande quantidade de drogas transportada.
Na quarta-feira, 10, em audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados para tratar do caso, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse que não havia conhecimento da participação de outras pessoas. O envolvimento de terceiros é uma das suspeitas de investigadores.
Ainda na audiência, o tenente-brigadeiro Baptista, da Aeronáutica, disse que os investigadores do Comando da Aeronáutica estão em contato com a Polícia Federal "para que não haja lacuna em nenhuma das direções".
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