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Joias da ex-primeira dama Adriana Ancelmo vão a leilão no Rio

O então governador Sérgio Cabral e a mulher dele, Adriana Ancelmo, em evento no Rio - Paula Giolito - 26.abr.11/Folhapress
O então governador Sérgio Cabral e a mulher dele, Adriana Ancelmo, em evento no Rio Imagem: Paula Giolito - 26.abr.11/Folhapress

Caio Sartori

Rio

31/07/2019 19h27

Famosas desde que o ex-governador Sérgio Cabral foi preso, em novembro de 2016, as joias da ex-primeira dama Adriana Ancelmo vão a leilão no Rio de Janeiro. A partir do dia 15 de agosto, os interessados poderão fazer lances e arrematar objetos que, somados, têm valor estimado em R$ 455,4 mil.

Essas joias, contudo, são apenas parte das que a Operação Lava Jato identificou como pertencentes à ex-primeira dama. A maioria dos objetos não foi localizada até hoje pela operação. Em agosto do ano passado, o Ministério Público Federal apontou que Cabral e aliados teriam adquirido pelo menos R$ 6,5 milhões de joias das grifes H'Stern e Antonio Bernardo, sem nota fiscal.

Na época da prisão de Cabral, no final de 2016, a grife Antonio Bernardo entregou uma lista de 460 peças compradas pelo grupo do ex-governador. Havia, por exemplo, um brinco de turmalina paraíba e diamantes que custava R$ 612 mil. Da H'Stern, foi adquirido um anel de ouro com rubi por R$ 600 mil.

As ofertas do leilão poderão ser feitas online. Caso não sejam arrematadas na primeira sessão, as joias terão desconto de 25% em uma outra ocasião, no dia 23 de agosto.

A Lava Jato do Rio já botou à venda diversos símbolos da vida nababesca levada por alguns de seus condenados. O empresário Eike Batista, por exemplo, perdeu uma Lamborghini e uma lancha milionárias.

Bens de Eike e Cabral vão a leilão no Rio

UOL Notícias

O carro de luxo foi vendido por R$ 1,4 milhão, valor bem inferior aos R$ 2,2 milhões de quando entrou em leilão. A lancha também saiu desvalorizada: com custo inicial de R$ 3,5 milhões, foi arrematada por R$ 1,9 milhão.

Enquanto alguns bens saíram por preços inferiores, outros nem sequer receberam lances. É o caso da lancha Manhattan, que pertencia a Sérgio Cabral e chegou a ser colocada à venda no ano passado por R$ 3,5 milhões. No último leilão, em julho deste ano, foi oferecida por 2,3 milhões, mas permaneceu sem lances.

Apontado como operador de Cabral no esquema investigado, Carlos Miranda também viu um antigo bem ficar à disposição dos cidadãos mais abastados. O sítio de mais de 50 hectares que um dia foi seu entrou no leilão por R$ 3 milhões e, mesmo com o preço diminuído para R$ 2,2 milhões, não recebeu lances. A lancha e o sítio terão os valores reavaliados.