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Major Olímpio: investigações contra líder do governo geram desgaste ao Congresso

Bruno Rocha/Foto Arena/Estadão Conteúdo
Imagem: Bruno Rocha/Foto Arena/Estadão Conteúdo

Mariana Haubert

Em Brasília

19/09/2019 13h07

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), afirmou que as investigações sobre o líder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), geram desgaste para o Congresso, mas ressaltou que as investigações ainda não significam que Bezerra é culpado.

A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta quinta-feira, 19, buscas no gabinete de Bezerra e no de seu filho, o deputado federal Fernando Filho (DEM-PE). As buscas também foram realizadas no apartamento do senador e em endereços em Pernambuco ligados aos dois.

"Vejo como uma coisa bastante desgastante ao Congresso, um mandado de busca com áreas interditadas é um desgaste para o Congresso como um todo", disse. Olímpio, no entanto, afirmou que as investigações ainda não determinam que o líder do governo é culpado e destacou que a atuação dele na Casa tem sido fundamental para a aprovação dos projetos de interesse do governo, para o convencimento das bancadas e de outros parlamentares.

"O que eu faço questão de dizer é que (em) um mandado de busca não se forma culpa ou responsabilidade em função disso. É um rito justamente para se buscar evidências de culpa ou de inocência", disse.

Questionado sobre se Bezerra deveria deixar o cargo de líder do governo, Olímpio afirmou que isso é uma decisão que cabe ao presidente Jair Bolsonaro. "Não posso fazer considerações porque a escolha é do governo", disse. Mais cedo, Bezerra admitiu entregar o cargo de liderança.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.