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Promotoria pede lista de funcionários de gabinete de deputado do PSL

O deputado Gil Diniz (PSL) - Bruno Rocha /Fotoarena/Folhapress
O deputado Gil Diniz (PSL) Imagem: Bruno Rocha /Fotoarena/Folhapress

Bruno Ribeiro

Em São Paulo

22/10/2019 07h24

O Ministério Público de São Paulo deu prazo de 20 dias para a Assembleia Legislativa apresentar a lista de funcionários e os comprovantes de pagamento de todos os servidores que trabalham ou trabalharam para o deputado estadual Gil Diniz (PSL), um dos principais aliados da família Bolsonaro no diretório do partido no estado.

Diniz é acusado por um ex-assessor de operar um esquema de "rachadinha" - quando os funcionários têm de devolver parte ou a totalidade dos salários ao político que o emprega.

O pedido faz parte de um dos dois inquéritos abertos para investigar o caso - um na esfera cível e outro na criminal, tocado pelo procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, porque o deputado tem foro especial.

O autor da denúncia, Alexandre Junqueira, afirma que tinha de dar parte de seu salário - uma "gratificação" - para o deputado. Segundo ele, outros funcionários também tinham de repassar parte dos próprios vencimentos ao parlamentar, que nega. O dinheiro, segundo o ex-servidor, serviria para pagar apoiadores de Diniz.

Junqueira deve prestar depoimento dentro de 30 dias. Já Diniz deverá enviar sua defesa por escrito em um prazo de 15 dias. O gabinete do deputado afirmou que ainda não foi notificado sobre a abertura da investigação.

Segundo o gabinete, na semana passada, assessores de Diniz juntaram voluntariamente seus extratos bancários e enviaram ao deputado, para auxiliá-lo na defesa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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