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Direção nacional do Podemos mantém expulsão de Marco Feliciano

10.jul.2019 - Jair Bolsonaro ao lado do deputado pastor Marco Feliciano (Pode-SP); o presidente participou de eventos com deputados evangélicos na Câmara horas antes da votação da reforma da Previdência - Evaristo Sá/AFP
10.jul.2019 - Jair Bolsonaro ao lado do deputado pastor Marco Feliciano (Pode-SP); o presidente participou de eventos com deputados evangélicos na Câmara horas antes da votação da reforma da Previdência Imagem: Evaristo Sá/AFP

Daniel Weterman

Brasília

06/01/2020 17h48

A cúpula nacional do Podemos manteve a expulsão do deputado Marco Feliciano (SP), efetivando a saída do parlamentar da legenda. A direção nacional da sigla, porém, "aliviou" os motivos para expulsá-lo, deixando na justificativa apenas a infidelidade pelo apoio de Feliciano ao presidente Jair Bolsonaro.

Feliciano foi expulso por decisão da direção estadual do Podemos em São Paulo no dia 9 de dezembro. A decisão foi tomada citando diversos motivos, entre eles os gastos de R$ 157 mil referentes a um tratamento odontológico reembolsados pela Câmara, caso revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

No último dia 18, Feliciano recorreu da expulsão ao comando nacional da sigla, reabrindo o caso. O parlamentar pediu para continuar no Podemos, apesar de ter sinalizado anteriormente que não tentaria reverter a decisão, e para alterar o motivo da saída caso a expulsão fosse confirmada.

A expulsão foi efetivada na tarde desta segunda-feira, 6, em reunião na capital paulista. A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu (SP), defendeu que os motivos da expulsão fossem alterados após ter sido surpreendida pela extensão da decisão tomada pela direção estadual, comandada pelo vereador Mario Covas Neto.

Feliciano comemora

Feliciano comemorou ter sido expulso por apoiar o presidente Bolsonaro. "Reafirmo aqui que para mim é motivo de orgulho ser expulso do Podemos por defender o presidente Bolsonaro, que está mudando o Brasil para melhor", afirmou Feliciano em nota.

O deputado apontou ainda a influência do líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias (PR), e de Mario Covas Neto na expulsão. "Covas Neto e Alvaro Dias só pensam em seus projetos pessoais e eleitoreiros, em detrimento dos interesses do Brasil e de São Paulo", afirmou.

No mês passado, Covas Neto se licenciou do comando do partido no Estado e deve voltar em fevereiro.