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Chuva de fevereiro em São Paulo é a mais volumosa para o mês em 77 anos

10.fev.2020 - Veículos ilhados em ponto de alagamento na Marginal Tietê, altura da Freguesia do Ó (zona norte) - BRUNO ESCOLASTICO/ESTADÃO CONTEÚDO
10.fev.2020 - Veículos ilhados em ponto de alagamento na Marginal Tietê, altura da Freguesia do Ó (zona norte) Imagem: BRUNO ESCOLASTICO/ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo

27/02/2020 10h47

As chuvas na cidade de São Paulo ao longo de fevereiro são as mais volumosas para o mês em 77 anos de medição, informou o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Os 449 milímetros registrados na capital até ontem superaram os 445 mm de fevereiro de 1995 e os 416 mm de fevereiro de 1970 (veja a lista abaixo).

Temporais que atingiram a cidade causaram estragos ao longo do mês, como numa segunda-feira, dia 10, quando houve transbordamentos nos rios Tietê e Pinheiros.

Anos com mais chuva em fevereiro (em milímetros):

  • 2020 - 449,0
  • 1995 - 445,5
  • 1970 - 416,2
  • 1998 - 394,2
  • 1976 - 385,2
  • 1999 - 369,8
  • 1991 - 358,0
  • 1982 - 351,9
  • 2004 - 335,6
  • 1961 - 335,0

Segundo o Inmet, choveu em 21 dos 26 dias deste mês, maior quantidade de dias com chuva em fevereiro desde 1998, quando foi registrada precipitação em 23 dias. "Assim já é possível dizer que são 21 dias de chuva em São Paulo neste mês de fevereiro, tornando o terceiro mês de fevereiro (desde 1961, início da série histórica disponível) com o maior número de dias de chuva, perdendo apenas para 1998 (23 dias) e para 1993 (22 dias)", detalhou o órgão.

O tempo continuará nublado na capital paulista, segundo informações do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da prefeitura. O órgão informou que o sistema frontal se afasta em direção ao Rio de Janeiro, mas os ventos úmidos vão se manter, com formação de muitas nuvens sobre a faixa leste paulista. Nesta quinta-feira, a temperatura vai apresentar acentuado declínio, com mínima de 18 ºC e máxima de 21 ºC. Na sexta, a mínima chega a 16 ºC.

Temporal causou estragos

O temporal que atingiu a capital e a região metropolitana no dia 10 causou diversos transtornos. O transbordamento nas marginais travou o trânsito na cidade e os alagamentos atingiram casas, prédios e estabelecimentos comerciais.

O prejuízo foi milionário na Ceagesp, que teve de descartar 7.000 toneladas de alimentos. A prefeitura decretou emergência em áreas da zona leste, onde os alagamentos permaneceram dias após a tempestade.