Rio registra mais movimento nas ruas; Witzel libera 28 municípios
Apesar de o dia de ontem ter marcado o início de novos horários de funcionamento para indústria e comércio autorizado, como supermercados, determinado pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), as ruas do Rio estavam visivelmente mais movimentadas, fenômeno que já vem sendo observado a cada dia. Passageiros foram vistos viajando em pé nos ônibus, o que viola as regras da quarentena. Houve ainda aglomerações nas estações do BRT, cujos veículos só estão autorizados a sair com os passageiros sentados. A nova determinação do prefeito impõe que o setor industrial comece os turnos antes das 6h, e o comércio, a partir das 9h.
Os últimos dois dias também foram de filas nas agências bancárias, onde muita gente se amontoou para retirar dinheiro de salários a aposentadorias. Elas se estendiam até as ruas e compunham um cenário de pequenas aglomerações pela cidade. Em Copacabana, bairro da zona sul conhecido pela forte presença de idosos, o Estado viu cenas como essa em pelo menos três bancos na manhã desta terça-feira. Nas calçadas junto às agências, muita gente de cabeça branca e sem máscara.
As ruas do bairro também aparentam estar mais movimentadas, principalmente de carros. O trânsito livre dos primeiros dias de isolamento, que transformava os sinais em mera formalidade, já começa a ser ocupado por grupos maiores de veículos.
Segundo um levantamento da CyberLabs, a semana passada já tinha um aumento de circulação na cidade, em comparação com a semana anterior. No fim de semana de sol, muitas pessoas foram vistas passeando na orla da capital fluminense, o que já criou preocupação no gabinete de crise do governo estadual. Ontem, o secretário de Saúde, Edmar Santos, afirmou que, apesar de a curva de casos estar perto do ideal, ainda não é hora de voltar às ruas.
Flexibilização
O governo de Wilson Witzel (PSC) anunciou ontem medidas que flexibilizam o isolamento social no interior do estado. Em 28 municípios que não apresentaram ainda casos confirmados do novo coronavírus, o comércio poderá ser reaberto, se os prefeitos optarem por fazê-lo. A ideia é dar "fôlego econômico" a essas pequenas cidades, segundo o governador.
A iniciativa é controversa, dado que, como ainda não há testagem em massa, a chance de subnotificação nesses locais é grande. Em âmbito estadual, o governador adotou uma medida que, segundo ele, não representa uma flexibilização do isolamento: permitiu que o comércio passe a atuar por meio de delivery, o que já estava liberado apenas para restaurantes.
Ao afirmar que não estava "flexibilizando nada", o governador mostrou insatisfação com a presença de pessoas na rua durante o fim de semana. Afirmou que vai conversar com a Assembleia Legislativa (Alerj) sobre uma proposta para aplicar multas a cidadãos que estejam fora de casa sem ser para cumprir funções essenciais. O Estado confirmou nesta terça mais 18 mortes. Agora são, ao todo, 89 óbitos, em meio a 1.688 casos confirmados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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