Maia sobre Weintraub: homem com essa qualidade não poderia ser ministro
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje que "é uma pena para o Brasil ter um ministro desqualificado" como o titular da Educação, Abraham Weintraub. Segundo Maia, um "homem com essa qualidade não poderia ser ministro de pasta nenhuma" após pedir, em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, a prisão de autoridades, a começar pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
"O homem que desrespeita a democracia não poderia estar em um governo que se diz democrático", afirmou Maia em live organizada pela revista IstoÉ. As críticas de Maia contra Weintraub foram retomadas após o deputado afirmar que não falaria mais sobre o ministro, porque as declarações acabam fortalecendo o titular da Educação.
No entanto, o presidente da Câmara poupou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Maia considerou a fala de Salles, na mesma reunião, sobre "passar o trator" para acelerar a aprovação de medidas durante a pandemia como "uma ideia de espertalhão". Segundo o deputado, as declarações de Salles sobre o meio ambiente podem atrapalhar investimentos estrangeiros no Brasil.
Já sobre Damares, Maia afirmou que é "um direito dela" tentar levar adiante a proposta de processar e colocar na cadeia governadores, como a ministra afirmou na reunião de 22 de abril.
'Enfrentamento contra Supremo é muito ruim'
Maia também voltou a criticar na tarde de hoje os sucessivos enfrentamentos do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Maia disse que o STF é uma "instituição vital para a sociedade" e que é necessário o respeito às decisões tomadas por integrantes da Corte.
"O ideal é que a gente respeite as decisões do Supremo. Mas a gente tem o direito de divergir", ressaltou Maia, que defendeu que as divergências sejam tocadas dentro do devido processo democrático.
Questionado sobre os pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro que se acumulam na Câmara, Maia alertou que não é o momento para tocar um processo de tamanho impacto político. "Esse é um processo político que precisa ser avaliado com isenção. No momento adequado, vamos avaliar se há ou não o crime de responsabilidade. No momento, estamos tenteando achar o caminho que una os nossos cacos", explicou o parlamentar.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.