Sabará tem candidatura suspensa em SP e diz ser perseguido por 'ala esquerdista'
"Estou sendo perseguido pelo João Amoêdo e por uma ala esquerdista minoritária do partido Novo, por ser uma pessoa de direita. As críticas são infundadas", disse Sabará. E completou: "Estou entrando com todos os meios jurídicos e medidas judiciais cabíveis, tanto para reverter a situação, quanto para processar os responsáveis. Infiltrados do MBL também estão nesse grupo de pessoas que estão tentando me derrubar."
A suspensão foi confirmada após a análise de um pedido de impugnação assinada por Kauan Gonçalves Viscardi, de Santa Catarina. Segundo um comunicado do partido, obtido pelo Estadão, Sabará terá prazo estabelecido pelo estatuto para a manifestação de sua defesa, mas sua candidatura está temporariamente suspensa.
"O Diretório Nacional reforça a determinação do CEP (conselho de ética do partido) de suspensão temporária de todas as ações de pré-campanha em nome do candidato até o assunto seja efetivamente julgado", diz o texto divulgado pelo partido.
A iniciativa revela uma divisão interna na legenda entre um grupo mais alinhado com o presidente Jair Bolsonaro, do qual fazem parte o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e parte da bancada de deputados federais, e outro que faz oposição ao Planalto. Sabará também é alvo de contestação por parte de pré-candidatos a vereador da capital.
Um grupo criado no WhatsApp intitulado "Tentando Salvar o Novo" tem criticado duramente as declarações de Sabará em defesa de Bolsonaro. Na semana passada, o debate interno foi acirrado após o candidato ter dito, em um programa de rádio, que Paulo Maluf foi o melhor prefeito que a capital paulista já teve.
Na semana passada, Sabará também se envolveu em uma polêmica com o ex-porta-voz do Vem Pra Rua Rogério Chequer, que foi candidato do Novo ao governo paulista em 2018. Na mesma entrevista em que elogiou Maluf, o candidato foi questionado sobre uma declaração contra Chequer feita durante a campanha, na qual o chamou de "oportunista".
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