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Doria afirma que primeiro lote da Coronavac chega a SP na quinta-feira

Governador de SP, João Doria, segura caixa da possível vacina para covid-19 desenvolvida pela Sinovac em parceira com o Instituto Butantan - AMANDA PEROBELLI
Governador de SP, João Doria, segura caixa da possível vacina para covid-19 desenvolvida pela Sinovac em parceira com o Instituto Butantan Imagem: AMANDA PEROBELLI

17/11/2020 21h12

Em entrevista a uma rádio de Pernambuco, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), confirmou que o Instituto Butantan deve receber o primeiro lote da vacina CoronaVac, produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, na próxima quinta-feira (19), um dia antes do prazo previsto.

"A vacina do Butantan, a Coronavac, ela chega agora, nesta quinta-feira, chega já o primeiro lote das vacinas. Ela virá em lotes, pronta do laboratório Sinovac, e depois nós produziremos aqui, no próprio Butantan, para os brasileiros de São Paulo e brasileiros de todo o país, isso se o Ministério da Saúde entender, como deveria, que a vacina é para todos. Aliás, essa é a nossa defesa", afirmou Doria ao programa "Passando a Limpo".

Cerca de 120 mil doses devem ser recebidas amanhã, a primeira remessa de um total de 6 milhões de doses que chegam prontas. São Paulo comprou um total de 46 milhões de vacinas e as 40 milhões restantes serão produzidas no Brasil. A CoronaVac está na fase final de testes e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que os resultados colhidos até o momento indicam que o nível de segurança é excelente.

"Nós temos a última fase da pesquisa, a última e derradeira. Estamos provavelmente nas últimas duas, três semanas dessa fase final da pesquisa para submeter os resultados à Anvisa. Estamos seguindo rigorosamente o protocolo internacional de testagem da vacina e também é o protocolo da Anvisa", disse Doria. A expectativa é de que o Butantã produza 40 milhões de doses.

Na semana passada, a Anvisa autorizou a retomada dos testes clínicos da Coronavac. O estudo havia sido suspenso na segunda-feira (9) por causa da ocorrência de um evento adverso grave em um dos voluntários.

Segundo fontes da pesquisa, o evento foi a morte de um homem de 32 anos, com suicídio como causa provável, e que não teria nenhuma relação com o imunizante.