Boulos lança frente com apoio de Lula e Ciro contra Covas
Ladeado por representantes de sete partidos de esquerda, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, lançou hoje a Frente Democrática Por São Paulo, uma tentativa de empurrar o adversário Bruno Covas (PSDB), que tem apoio de Celso Russomanno e partidos do Centrão, para o campo do bolsonarismo.
Estiveram no ato representantes do PT, PDT, PSB, PC do B, Rede, PCB e UP. Lideranças nacionais como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B) já gravaram mensagens de apoio a Boulos e devem ser exibidos no horário eleitoral da TV ainda neste final de semana. Embora o PSB estivesse representado, o candidato derrotado do partido, Marcio França, ainda não se posicionou sobre o segundo turno.
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, destacou o caráter nacional da aliança. ?Estamos dando um sinal para o Brasil de que esta eleição transcende as fronteiras de São Paulo. Queremos fazer de São Paulo uma vitrine para o Brasil. A unidade das forças democráticas é possível. Estamos travando uma disputa não só por São Paulo mas pelo Brasil?, disse Medeiros.
O dirigente do PSOL, Boulos e vários outros oradores lembraram que além do apoio de Russomanno e partidos que integram a base do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, Covas é ligado ao governador João Doria que se elegeu em 2018 sob o lema BolsoDoria antes de virar desafeto do Planalto.
O objetivo é aproveitar o rechaço a Bolsonaro expressado pelos eleitores no primeiro turno das eleições municipais e criar uma onda anti-bolsonarista capaz de reverter a desvantagem de Boulos nas pesquisas do segundo turno. Segundo o Ibope, Covas tem 47% das preferências contra 35% de Boulos.
Hoje, dezenas de lideranças de movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP) e Marcha Mundial das Mulheres também anunciaram apoio a Boulos. Amanhã centrais sindicais como a CUT e a Conlutas também devem aderir à candidatura do PSOL.
"Este é o momento mais importante da nossa campanha até aqui. Agora no segundo turno é outro jogo. Não é mais a a minha campanha com a (Luiza) Erundina. É a campanha de uma frente democrática por justiça social na cidade de São Paulo", disse Boulos.
O candidato voltou a associar Covas ao bolsonarismo pelo apoio de Russomanno.
"O BolsoDoria de 2018 foi reeditado em 2020. O apoio do Russomanno ao Covas é a reedição do BolsoDoria", afirmou.
Indagado sobre um possível efeito negativo do anti-petismo sobre sua campanha, Boulos comemorou a aliança com o PT. "Todos estes apoios fazem a nossa campanha crescer ainda mais", disse ele.
O candidato afirmou que ainda espera o apoio de Marcio França que também fez uma campanha ?anti-Doria? no primeiro turno. Segundo fontes do PSB, o candidato derrotado é o único entrave para que o partido declare apoio formal a Boulos.
Representante do PSB no ato, o sociólogo Fernando Guimarães, que também coordena o movimento Direitos Já, disse que o presidente do partido, Carlos Siqueira, "manifesta grande entusiasmo pela campanha" de Boulos e tem "certeza de que nós, militantes do PSB, estaremos juntos no segundo turno."
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