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MPF apura como megatraficante de armas deixou prisão pela porta da frente no RJ

Megatraficante de armas, João Filipe Barbieri usou alvará falso para deixar a prisão no Rio, em novembro de 2020 - Reprodução
Megatraficante de armas, João Filipe Barbieri usou alvará falso para deixar a prisão no Rio, em novembro de 2020 Imagem: Reprodução

Redação, O Estado de S.Paulo

Rio

12/02/2021 15h59

O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta sexta-feira, 12, que abriu inquérito para apurar a soltura do traficante de armas João Filipe Barbieri, que deixou a cadeia no Rio de Janeiro após cumprir apenas três dos 27 anos de prisão.

A investigação, determinada pelo procurador Eduardo Benones, será conduzida pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF.

Nesta primeira etapa, foram solicitados esclarecimentos da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado e da 8ª Vara Federal Criminal. O desembargador Marcelo Granado, relator do processo por associação para o tráfico e tráfico internacional de armas aberto contra o traficante na Justiça Federal, também foi notificado sobre a apuração.

A suspeita é a de que Barbieri tenha usado um alvará de soltura falso para deixar o complexo de Bangu, na zona oeste do Rio, pela porta da frente em novembro de 2020. Embora já tenha recebido uma cópia do documento, o Ministério Público Federal ainda não confirmou a fraude.

O caso foi revelado na terça-feira, 9, pela TV Globo. O traficante é enteado de Frederick Barbieri, homem conhecido como 'Senhor das Armas', que hoje está preso nos Estados Unidos. A quadrilha teria enviado mais de mil fuzis ao Brasil dentro de aquecedores de piscina.

Segundo a reportagem, a soltura de Barbieri foi autorizada por uma decisão interlocutória - tomada durante o processo sem a resolução definitiva do caso. O alvará é atribuído pela Secretaria de Administração Penitenciária à 8ª Vara Federal Criminal do Rio. A Justiça Federal, no entanto, nega que tenha emitido qualquer documento para tirar o traficante da cadeia. Depois que o caso veio à tona, uma nova ordem de prisão foi emitida pelo desembargador.