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Bolsonaro compartilha vídeo de empresária protestando contra lockdown no DF

18.dez.2020 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante cerimônia de formatura de soldados da PM, no Rio de Janeiro - Alexandre Neto/Photopress/Estadão Conteúdo
18.dez.2020 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante cerimônia de formatura de soldados da PM, no Rio de Janeiro Imagem: Alexandre Neto/Photopress/Estadão Conteúdo

Denise Abarca

São Paulo

28/02/2021 07h53

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou hoje, em sua conta no Twitter, um vídeo gravado por uma empresária que critica a decisão do governo do Distrito Federal de adotar lockdown, alegando que "lockdown mata". Na legenda do post, o presidente escreve "O povo quer trabalhar" e "Brasília/DF".

Especialistas em saúde pública e autoridades sanitárias, como a OMS (Organização Mundial de Saúde), no entanto, defendem que medidas de distanciamento reduzem o risco de infecção pelo coronavírus.

No vídeo, a empresária faz um depoimento dirigido ao governador Ibaneis Rocha (MDB) que condena o fechamento de comércio e serviços, falando "em nome dos meus funcionários e da minha empresa".

"Tivemos um ano difícil e agora que estamos alavancando novamente o senhor vem e fecha tudo. Não faça isso governador, precisamos trabalhar", afirma a empresária no vídeo.

A narrativa é de que a companhia está cumprindo os protocolos exigidos, com uso de máscara, álcool gel e distanciamento dos funcionários. No vídeo, gravado dentro de uma sala, há pelo menos duas dezenas de pessoas uniformizadas e aglomeradas, protestando contra o decreto. Todas usam máscaras e toucas.

"Estamos fazendo tudo para dar certo, faça a sua parte, governador. Votamos no senhor, acreditamos no senhor. Coloque leitos nos hospitais e ônibus na rua. Lockdown não salva, lockdown mata, mata de fome", afirma a empresária.

O vídeo termina com um pedido coletivo, com gritos de "Governador, deixa a gente trabalhar".

Na sexta-feira (26), o governo do Distrito Federal determinou o fechamento de todos os serviços não essenciais a partir da 0h de hoje, para conter o avanço do novo coronavírus.

A decisão foi tomada após a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) específicos para pacientes com a covid-19 beirar o limite. O índice estava em 98% no fim da tarde desta sexta. A medida vai até 15 de março.