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Cidade de São Paulo registra recorde de 373 enterros em apenas um dia

Enterro de vítima da covid-19 no cemitério da Vila Formosa, em São Paulo - Getty Images
Enterro de vítima da covid-19 no cemitério da Vila Formosa, em São Paulo Imagem: Getty Images

Paula Felix

São Paulo

23/03/2021 07h56

Com 373 enterros em apenas um dia, a capital paulista registrou neste domingo (21), o recorde diário de sepultamentos em cemitérios públicos, privados e crematórios desde o início da pandemia.

O Serviço Funerário do Município de São Paulo já fez a contratação de oito torres de energia para a realização de enterros noturnos por 60 dias, ratificados a cada 30, medida que será adotada se o número diário de enterros chegar a 400. O pico de 2020 foi em 26 de maio, com 322 enterros.

Até o momento, não foi necessário realizar sepultamentos no período noturno, mas duas torres já estão disponíveis no Cemitério da Vila Formosa, o maior da América Latina, na zona leste. Os equipamentos podem ser utilizados caso sepultamentos agendados ultrapassem o horário de funcionamento do local.

No caso de morte por covid-19, a realização de velório não é permitida e o caixão é fechado. A despedida é breve e ocorre apenas no momento do sepultamento. Para os demais óbitos, o velório pode durar até uma hora com permissão de participação de dez pessoas.

Se o número de sepultamentos por dia chegar a 400, nenhum velório poderá ser realizado. Nesse caso, "novas medidas serão aplicadas, tais como a realização de enterros noturnos e a suspensão de velórios", adianta a autarquia.

Em alta

Até o dia 15 de março, o número de enterros estava na casa dos 200. A partir do dia 16, superou os 300, atingindo o maior número diário no dia 21. No sábado (20), o recorde de enterros desde o início da pandemia já tinha sido alcançado, com 372 enterros.

O pico do fim de semana causou aglomeração no Cemitério Vila Formosa. "Tivemos fila dos carros fúnebres e elétricos, mesmo com carros grandes para transportar seis caixões. Por se tratar de momento de despedida, muitas famílias não compreendem as normas de distanciamento, dificultando a ação das equipes", diz João Gomes, do sindicato do setor.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".