Topo

Esse conteúdo é antigo

Otto Alencar diz que semana na CPI da Covid será de 'vacina e esclarecimentos'

Senador Otto Alencar (PSD-BA)  - Jefferson Rudy/Agência Senado
Senador Otto Alencar (PSD-BA) Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Sofia Aguiar

São Paulo

10/05/2021 12h46Atualizada em 10/05/2021 13h57

O senador e membro da CPI da Covid Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a semana na comissão será "da vacina e dos esclarecimentos" sobre os contratos assinados de imunizantes no combate ao novo coronavírus. Segundo senador, a comissão irá questionar a não aprovação da vacina russa Sputnik V e a falta de contratos fechados pelo governo Bolsonaro para obtenção de imunizantes.

Em entrevista à Globo News na manhã de hoje, Alencar avaliou que "ficou muito claro" que a condução do Ministério da Saúde no período de Eduardo Pazuello foi orientação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com incentivo ao uso da cloroquina e medicamentos de tratamento precoce.

Segundo ele, é possível analisar que Bolsonaro está por trás da gestão da Saúde e, quem não concorda com sua visão, deve sair do ministério. Na avaliação do parlamentar, o incentivo do chefe do Executivo para a utilização de remédios contra covid-19 e suas críticas à pandemia é uma "posição perigosa e, até certo ponto, sem responsabilidade".

Alencar repudiou o ato feito por Bolsonaro ontem, que saiu de moto pelas ruas de Brasília acompanhado de centenas de motociclistas apoiadores. Para ele, esse tipo de comportamento é "perverso".

"Falta grandeza ao presidente Bolsonaro para reconhecer o erro" na condução da pandemia, avaliou.

Agenda

Na agenda da CPI desta semana, o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, prestará depoimento amanhã.

Já na quarta-feira (12), a comissão irá ouvir Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo federal.

Por fim, Marta Díez, presidente da Pfizer no Brasil, e seu antecessor, Carlos Murillo, prestarão depoimentos na quinta-feira (13).

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.