Topo

Esse conteúdo é antigo

Confederação israelita repudia 'comparação indevida' feita por Renan na CPI

Atualmente, a Conib mantém no ar a campanha uma campanha a fim de desestimular a banalização do Holocausto - Adriano Machado/Reuters
Atualmente, a Conib mantém no ar a campanha uma campanha a fim de desestimular a banalização do Holocausto Imagem: Adriano Machado/Reuters

Pedro Caramuru

Em São Paulo

25/05/2021 13h05Atualizada em 25/05/2021 13h21

A Conib (Confederação Israelita do Brasil), em nota, disse repudiar "mais uma vez comparações completamente indevidas do momento atual" com "os trágicos episódios do nazismo que culminaram no extermínio de 6 milhões de judeus no Holocausto".

Na manhã de hoje, o relator da CPI da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), comparou as funções e responsabilidades do colegiado ao Tribunal de Nuremberg.

Segundo o senador, "um dos julgamentos mais famosos da história" e onde "o mundo procurou encontrar respostas para um crime até hoje inconcebível, o genocídio de seis milhões de judeus nos campos de concentração do regime nazista".

A comparação irritou membros governistas da CPI, entre eles, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), Marcos Rogério (DEM-RO), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e o filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Para a confederação, "estas comparações, muitas vezes com fins políticos, são um desrespeito à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes".

Atualmente, a Conib mantém no ar a campanha "Não compare o incomparável" a fim de desestimular a banalização do Holocausto.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.