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Flávio: Presidente 'não quer dar visibilidade' à conversa com Miranda

Segundo Flávio, Jair Bolsonaro está "muito tranquilo e seguro" sobre o teor da conversa com Miranda - Pedro França /Agência Senado
Segundo Flávio, Jair Bolsonaro está "muito tranquilo e seguro" sobre o teor da conversa com Miranda Imagem: Pedro França /Agência Senado

Amanda Pupo e Daniel Weterman

Em Brasília

01/07/2021 10h48Atualizada em 01/07/2021 10h51

O filho "01" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), afirmou que o pai opta por não "dar visibilidade ao assunto" ao evitar comentar sobre o encontro que teve em março com o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que afirma ter relatado ao presidente as suspeitas de irregularidade na compra da vacina Covaxin.

"O presidente não quer dar visibilidade para o assunto, ele está muito tranquilo e seguro, quem pode falar sobre o encontro é ele", disse Flávio ao ser confrontado com a lembrança de que Bolsonaro não desmentiu Luis Miranda até o momento.

Reafirmando que quem tem as respostas sobre a reunião de 20 de março é Bolsonaro, Flávio disse ainda que, pelo que sabe, o presidente não teria citado o nome do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), ao ouvir as denúncias de Miranda.

"Não posso afirmar (se ele falou ou não o nome de Barros). O que eu saiba o presidente não teria falado isso (sic). Agora, ele que tem de responder, não sou eu", disse Flávio Bolsonaro em entrevista a jornalistas.

Sobre o depoimento à CPI da Covid de Luiz Paulo Dominguetti, que acusou o governo de oferecer propina em negociação de vacina, o senador afirmou que a expectativa é que, se houver problemas, ele entregue o nome e o "CPF" dos envolvidos.

"Expectativa é que se tiver tido problema que ele fala quem são as pessoas, CPF, número, explique detalhes de como foi a negociação", disse Flávio, segundo quem, no entanto, a história seria "fantasiosa".

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.