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'Nada muda', diz Kassab sobre decisão de Leite, reafirmando candidatura própria

Gilberto Kassab, então ministro da Ciência e Tecnologia, em audiência pública de comissão do Senado - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Gilberto Kassab, então ministro da Ciência e Tecnologia, em audiência pública de comissão do Senado Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Matheus de Souza e Giordanna Neves

São Paulo

28/03/2022 17h28

Após o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, bater o martelo e afirmar que vai permanecer no PSDB, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, disse que "nada muda" e que sua sigla ainda terá uma candidatura própria para o Planalto nas eleições deste ano. Nas últimas semanas, o PSD vinha tentando atrair o governador do Rio Grande do Sul para participar da disputa.

"Quero desejar boa sorte ao Eduardo Leite, é um valoroso quadro, jovem, bem preparado, e não é fácil sua decisão de deixar o partido", disse Kassab sobre o dirigente gaúcho, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (28).

O líder do PSD afirmou ainda que o partido "está muito tranquilo" com o anúncio de Leite, e que um novo candidato para corrida presidencial será apresentado em breve, mesmo com o prazo apertado para a decisão. Kassab não quis compartilhar qual nome está sendo sondado pelo partido.

Este é o segundo revés do PSD, que antes apostou na candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a corrida presidencial. O senador, no entanto, desistiu da disputa para concentrar esforços no comando do Congresso.

Kassab também negou que o partido esteja construindo qualquer acerto com o PT, mesmo que ele tenha dado sinalizações de apoio, alegando não ser impossível que isso acontecesse ainda no primeiro turno. "Você acredita nisso?" respondeu ao ser questionado sobre o tema, dizendo ser "evidente", pelas ações do partido, como as sucessivas tentativas de lançamento de nomes ao Planalto, que ele não formou aliança com os petistas.

Sobre apoiar o PT no segundo turno, Kassab disse que, ao lançar uma candidatura, não pode "admitir que não estará no segundo turno".