Simone Tebet se reúne com Temer e Baleia para contrapor MDB 'lulista'
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) se reuniu nesta segunda-feira, 11, em São Paulo com o ex-presidente Michel Temer e o presidente do partido, Baleia Rossi. O encontro serviu de contraponto ao jantar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com líderes do MDB em Brasília.
"Os líderes emedebistas discutem os fatos que mostram o fortalecimento da pré-candidatura de Tebet à Presidência da República pelo partido", informou a assessoria do MDB. Os três estiveram reunidos no escritório de Temer na capital paulista.
No domingo, em sabatina da Brazil Conference, em Boston (EUA), Simone Tebet disse que se sente preparada para liderar a candidatura presidencial organizada pelo que chamou de "centro democrático". Na semana passada, MDB, PSDB, Cidadania e União Brasil fecharam um acordo para lançar, em 18 de maio, uma pré-candidatura única ao Palácio do Planalto.
No entanto, acordos regionais do MDB são obstáculo para os planos do diretório nacional de ter candidatura própria à Presidência. A proximidade de emedebistas com Lula no Nordeste, como evidenciado mais uma vez pelo jantar desta segunda-feira na casa de Eunício Oliveira, é o principal entrave. Ao menos 13 diretórios regionais já indicaram que podem apoiar o petista no primeiro turno da eleição de outubro.
O senador Renan Calheiros (AL), que vai estaria presente no jantar com Lula, disse ao Broadcast Político que o partido não pode repetir o que ocorreu com Henrique Meirelles na eleição presidencial passada. O ex-ministro da Fazenda concorreu em 2018 pelo MDB e recebeu apenas 1,2% dos votos no primeiro turno. "Será uma conversa com senadores de vários partidos sobre conjuntura e eleições", disse Renan. De acordo com ele, foram convidados parlamentares do PT, MDB, Rede, PDT e PSD.
Renan e outros políticos do MDB defendem o apoio a Lula já no primeiro turno. "Acho que não havendo mudança na fotografia das pesquisas, não podemos repetir o que aconteceu com Meirelles, Marina e Alckmin, que tiveram votações inferiores a 3% e inviabilizaram as bancadas congressuais de seus partidos", afirmou o ex-presidente do Senado.
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