Aras diz que Ministério Público vai atuar por eleições 'sem violência'
Em meio a um embate envolvendo a operação contra empresários bolsonaristas, o procurador-geral da República Augusto Aras afirmou na manhã desta sexta-feira, 26, que está 'envidando esforços' para manter todo o Ministério Público 'trabalhando para que tenhamos eleições sem violência, pacíficas e ordeiras'.
"É um trabalho que está sendo realizado como no ano passado (com relação ao 7 de Setembro), de uma força discreta, embora aqui já declarada, porque não é mais segredo. Mas é bom que a sociedade saiba que a nossa instituição está cumprindo com seu dever", afirmou durante a abertura de reunião do Conselho Superior do MPF nesta sexta-feira, 26.
O PGR indicou ainda que pretende manter funcionamento regular da Procuradoria no dia 6 de Setembro, às vésperas do feriado de Independência, para que tanto os trabalhos na área eleitoral como os 'ordinários' sejam executados normalmente.
"Esperamos que a festa cívica de 7 de setembro ocorra como uma grande festa nacional, assim como as eleições também ocorram estamos cuidando para que isso se mantenha pelas nossas melhores tradições cívicas brasileiras", indicou ainda.
A declaração de Aras se dá três dias após a Polícia Federal abrir uma operação contra empresários aliados do presidente Jair Bolsonaro que teriam, em um grupo de WhatsApp defendido um golpe de Estado em caso de uma vitória do ex-presidente Lula nas eleições 2022.
A ofensiva foi deflagrada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a pedido da própria PF, mas sem que a PGR fosse ouvida. Investigadores ouvidos pelo Estadão avaliam que a ofensiva pode inibir financiamento de "atos golpistas" no 7 de Setembro.
No dia em que as diligências foram cumpridas, o chefe do Ministério Público Federal disse que 'tomou conhecimento da existência' da investigação somente naquela manhã. Depois, Alexandre rebateu a informação, divulgando certidões que, segundo ele, comprovam que o MPF foi 'intimado pessoalmente' de sua decisão.
A PGR agora pediu que o ministro do Supremo compartilhe a íntegra da investigação contra os empresários bolsonaristas que foram alvo de buscas nesta semana. A apuração está sob sigilo. A decisão que autorizou as buscas também não veio a público.
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